Já é possível comprar até no cartão para beber nas ruas do Carnaval de Salvador. Ainda não é fácil de achá-los, mas os primeiros comerciantes que adotaram a novidade podem ser encontrados no circuito Dodô, entre os bairros da Barra e Ondina, o mais badalado da folia baiana.
João Manuel Silva, 28, trabalha numa barraca montada ao lado da boate gay Off Club, em um beco da avenida Oceânica, por onde passam os trios elétricos na região do Farol da Barra. E conseguiu uma máquina de cartão de crédito, emprestada, para usar na folia. "Como a taxa administrativas é alta, não vale tanto a pena e a maioria do pessoal não está utilizando", diz Silva, que também trabalha em eventos na cidade. Por causa disso, ele só aceita compras pagas com cartão a partir de R$ 50. E não colocou uma placa anunciando a possibilidade com medo de confusão. "Iriam achar que seria por qualquer valor, isso aqui viraria uma bagunça". Ele vende exclusivamente bebidas, sobretudo uísque.
Três ruas atrás dali, o ambulante Paulo César Lima, 35, exibe a sua maquininha de cartão recém-adquirida junto a uma das operadoras parceiras do Carnaval baiano. "Chama a atenção, venho considerando um diferencial", diz. Apesar disso, reclama do movimento. "Nos últimos anos, acho que estava melhor". Ele vende cerveja e cachaça há cinco anos no mesmo ponto. Foto Nelson Barros Neto/Folhapress
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