O baixo público no Campeonato Carioca assusta. A soma dos 14 jogos dos quatro grandes do Rio - incluindo dois clássicos até a 4ª rodada da Taça Guanabara, que se encerrou na quinta-feira - totalizou apenas 56.952 torcedores, número insuficiente para lotar tanto o velho como o novo Maracanã, cuja capacidade foi reduzida para 78.639 pessoas.
Apesar do cenário desanimador, especialistas em marketing esportivo garantem que há solução. "É preciso melhorar o calendário, o sistema de disputa e a tabela de jogos para que o Estadual volte a ficar atrativo. Hoje as equipes menores são muito fracas em relação às grandes", analisa João Henrique Areias, diretor da Sportlink Marketing Esportivo.
Num campeonato em que o superclássico Flamengo x Vasco é marcado para uma quinta-feira, às 19h30, é realmente difícil atrair o torcedor. Mas a queda de público não é um problema só do Cariocão. Lotar os estádios o ano inteiro, independentemente da competição, passou a ser um desafio do futebol brasileiro.
"Na Europa, eles resolveram o problema com a venda antecipada de carnês dos jogos. É impossível ter 70 a 80 mil de média de público sem a venda antecipada", avalia Amir Somoggi, um dos principais consultores de marketing esportivo do País.
Por aqui, iniciativas como esta ainda estão engatinhando. Até mesmo no programa sócio-torcedor do Inter-RS, que tem 100 mil adesões, as principais vantagens são o desconto nos ingressos e o direito a voto na eleição presidencial. "Na Espanha é possível comprar antecipadamente o campeonato junto com as ligas europeias. No Brasil poderia se vender o Brasileiro e, cobrando um pouco a mais, dar o Estadual como bonificação. Mas para isso é preciso ter planejamento no futebol", argumenta Areias.
Enquanto isso, a saída pode ser à moda antiga. "É preciso buscar parcerias com a iniciativa privada e o governo para fazer promoções nos jogos de domingo, às 19h30, e quarta-feira, às 22h", aposta o diretor de competições da Ferj, Marcelo Vianna. De http://www.meiahora.ig.com.br
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