O Instituto Nacional de Estatística (INE) de Portugal contabiliza que o país fechou 2012 com 923,2 mil pessoas desempregadas, uma taxa de 16,9%. O número de desempregados relativo aos meses de outubro a dezembro é 1,1 ponto percentual superior ao do trimestre anterior e 2,9 pontos percentuais em relação ao mesmo período de 2011.
De acordo com o INE, o aumento da população desempregada se deu “essencialmente” na faixa etária dos 25 aos 44 anos, com escolaridade básica (12 anos de estudo) e egressas da indústria, construção civil, companhias de energia e de água. A taxa de desemprego é ligeiramente maior entre as mulheres (17,1% de desempregadas e 16,8% desempregados).
Segundo o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, o desemprego está “muito elevado” e é “socialmente muito doloroso”. Ele reconhece que a falta de trabalho “é a situação talvez mais dramática” que o país vive no processo de reajustamento econômico.
Portugal sofre com a crise econômica na zona do euro e por causa da perda de confiança no mercado financeiro internacional. Por causa disso, mantém um programa acordado com o Fundo Monetário Internacional; o Banco Central Europeu e a Comissão Europeia para equilibrar as finanças do país.
As medidas adotadas para zerar os déficits fiscais e de transações correntes de Portugal acabaram por enxugar o crédito disponível no país (fundamental para setores com o da construção) e também afetam os gastos sociais (inclusive o seguro-desemprego).
O dado do desemprego divulgado hoje é mais um indicador da recessão econômica. Em 2012, a economia encolheu 3% e deverá continuar diminuindo este ano. Conforme projeção do Banco de Portugal, o banco central do país, o Produto Interno Bruto (PIB) entre 2009 e o fim de 2013 deve registrar queda de 7,4%.
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