Aos 61 anos, a cantora Elba Ramalho declarou que não faz sexo há um ano e três meses. Ícone de beleza e sensualidade, a atriz Vera Fischer, também de 61, afirma estar casta desde 2005. Já a deputada estadual Myrian Rios, de 54, diz que se passaram dez anos da última vez que esteve com um homem. Para todas elas, a abstinência sexual na maturidade foi uma escolha que, segundo especialistas, é perfeitamente conciliável com a felicidade.
— Sexo não é remédio. Claro que é possível ser feliz sem ele. As pessoas tendem a achar que sexo é extremamente necessário, mas há pessoas que o fazem e não são bem resolvidas — explica a ginecologista e sexóloga Celi de Souza Nunes Rodrigues de Sá.
Segundo a médica, a falta de desejo sexual só é considerada disfunção quando a pessoa não se sente confortável com isso:
— É diferente de se ter um parceiro, querer o desejo, mas não tê-lo. Desde que a pessoa se sinta bem, a falta de sexo não faz mal algum.
De acordo com a geriatra Lívia Coelho, do Grupo Hospitalar Santa Celina, a abstinência sexual é bastante comum em mulheres maduras que estão solteiras, viúvas ou separadas. Embora sejam casos raros, casadas também optam pela castidade, dependendo do acordo que têm com o parceiro. Fatores psicológicos e fisiológicos podem influenciar na decisão.
— As alterações hormonais e a readaptação da identidade feminina na maturidade fazem com que muitas mulheres não tenham vontade de continuar com a vida sexual ativa. E, embora a sexualidade seja um fator positivo para a qualidade de vida, elas vivem bem sem sexo — diz Coelho.
Além disso, fazer sexo não é a única forma de se sentir bem resolvido sexualmente, ressalta Celi Rodrigues Sá. Masturbação, beijos ou carícias, às vezes, são suficientes para satisfazer o desejo.
— A abstinência não é da idade, mas do momento que se vive — diz a especialista, lembrando que homens também ficam castos:
— Há cobrança da sociedade, mas, na hora que aparece alguém certo, acontece.
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