Em meio à correria no último domingo (27) na boate Kiss, em Santa Maria, logo que o fogo começou, a jovem Ingrid Goldani, 21, teve uma ideia inusitada que acabou por garantir sua saída com vida do local. Barwoman, ela colocou o rosto dentro do freezer, na tentativa de não respirar a fumaça tóxica que se espalhou rapidamente pelo ambiente. Quando o frio apertou, foi em direção à saída. Horas depois, já em casa, Ingrid começou a passar mal. Foi levada pela mãe, Eliete, ao hospital e em seguida internada e transferida para Porto Alegre, distante 300 quilômetros. Era o primeiro caso de pneumonite tóxica, que segundo médicos, pode levar até uma semana para se manifestar. Outros casos como o de Ingrid se seguiram e fizeram as equipes de saúde emitirem um alerta para que todas as pessoas que estiveram no local da tragédia procurassem serviços médicos. O número de pessoas internadas chegou a crescer de terça (29) para quarta-feira (30), por causa da pneumonite. "É preciso estar atento por uma semana", disse à Reuters o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que esteve em Santa Maria e Porto Alegre, visitando vítimas hospitalizadas, até quarta.
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