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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Deputado tem iPad furtado em voo e passageiros passam por revista


Passageiros de um voo da TAM proveniente do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, tiveram que esperar aproximadamente uma hora, na manhã desta terça-feira (19/2), para desembarcar no Aeroporto Internacional de Brasília. O motivo foi o furto de um tablet do delegado da Polícia Federal licenciado e deputado federal Protógenes Queiroz (PCdoB-SP).
Ao sentir falta do equipamento logo depois de realizar o check-in no balcão da companhia aérea, às 9h, o parlamentar resolveu acionar a Polícia Federal. Na chegada a Brasília, uma equipe de policiais já esperava a aeronave na pista. Os passageiros foram levados à área de desembarque internacional e as malas rastreadas por um equipamento de raio-x. Mesmo assim, ninguém foi preso e o iPad, até o momento da publicação desta nota, não havia sido localizado.

Na tarde desta terça (19), o deputado contou que, ao perceber que teria sido furtado, procurou a Infraero, responsável pela administração do Aeroporto de Congonhas. "Fiz o que todo cidadão comum faria. Comuniquei inicialmente à TAM. Depois, fui à Infraero. Eles disseram que tinham um iPad nos Achados e Perdidos da companhia. Fui até lá, mas não era o meu. Em seguida, procurei a Polícia Federal. Eles solicitaram as imagens das câmeras de segurança do aeroporto para tentar identificar quem havia subtraído o equipamento." 

No momento em que o avião posou, os policiais federais informaram ao parlamentar que o equipamento estaria dentro da aeronave. "Antes de embarcar, deixei minha senha para eles rastrearem o equipamento. O comandante, de maneira bastante educada, pediu para que quem tivesse encontrado o aparelho deixasse na poltrona. Todos desceram e o iPad não foi localizado. A Polícia Federal resolveu encaminhar as bagagens para revista no raio-x", declarou.

O parlamentar disse que os passageiros não ficaram revoltados com a lentidão no desembarque. No entanto, o Correio conversou com algumas pessoas que estavam no voo e a versão relatada é diferente. "A Polícia Federal agiu com bastante tranquilidade. Mas muita gente se revoltou com a demora. Se fosse uma pessoa comum, o procedimento seria o mesmo? A PF mandaria uma equipe para a pista e revistaria todas as malas?", questionou uma passageira que pediu para não ter o nome revelado.

Confira a nota divulgada pela Polícia Federal:

1) Na manhã de hoje, Policiais Federais do Aeroporto Internacional de Congonhas iniciaram diligências na tentativa de localizar um aparelho IPad do deputado federal Protógenes Queiroz, que teria sido vítima de furto nas dependências do aeroporto;

2) Autorizado pela vítima, foi utilizado o sistema de rastreamento do próprio equipamento eletrônico, que apresentara como última localização o finger número "4". Mesma posição de onde partiria o deputado em voo para Brasília;

3) Na chegada à Brasília, a Polícia Federal adotou uma série de procedimentos que consistem em protocolo padrão para as situações em que, de uma forma geral, haja distúrbio envolvendo artefatos e equipamentos, nas áreas de segurança aeroportuárias;

4) Não houve qualquer intervenção significativa na rotina dos passageiros, que tiveram apenas as suas bagagens de mão submetidas a aparelho de raios-x. Não havendo o registro de qualquer atraso ou desconforto em relação aos passageiros do voo;

5) Foi instaurado inquérito policial para apurar os fatos e, até o momento, ao contrário do que afirma a matéria, o responsável não foi identificado, nem recuperado o aparelho.

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