O engenheiro e ambientalista Fernando Alves Ximenes desenvolveu um painel fotovoltaico e térmico produzido com fibra de coco. O novo sistema, criado no Ceará, terá uso doméstico e pode até suprir a demanda de energia das casas da população de baixa renda.
O sistema, que armazena a luz do sol para gerar eletricidade nas casas, levou seis anos para ficar pronto. Agora, a nova placa fotovoltaica só depende da aprovação do governo federal para ser instalada nas casas dos brasileiros. Mesmo antes de sua implantação oficial, o primeiro exemplar já funciona em uma residência em Itaitinga, região metropolitana de Fortaleza.
Chamado de PVT (Photo Voltaica Térmica), o painel criado por Ximenes é composto por fibra de coco e poderá ser utilizado tanto para aquecer água, como para produzir a eletricidade consumida no lar. O equipamento, que pode gerar até 120 kW/h por mês, deve chegar ao mercado custando cerca de R$ 2.300.
No ano passado, o engenheiro apresentou o painel solar de fibra de coco ao governo federal, para que o projeto fosse incorporado ao “Minha Casa, Minha Vida”, programa social do Estado que também visa a microgeração de energia nas residências. No entanto, as autoridades públicas não aprovaram o produto porque concluíram que não havia viabilidade financeira – anteriormente, cada placa custava três mil reais.
O crescimento da microgeração de energias alternativas na Europa foi o que motivou Ximenes a testar um sistema simples de geração de eletricidade também no Brasil. “No ano passado, a Alemanha bateu recordes nos investimentos em microgeração de energia, mesmo não sendo um país tropical”, argumentou o engenheiro ao jornal O Povo.
Como as cidades nordestinas têm o clima oposto ao dos países europeus, a microgeração solar pode atuar de maneira bem mais eficiente, não servindo apenas para aquecer a água e alimentar pequenos circuitos de energia. Segundo especialistas, o PVT pode reduzir e até mesmo zerar as contas de luz dos usuários. Com informações do jornal O Povo. Redação CicloVivo
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