Favoritos para presidir, respectivamente, o Senado e a Câmara, os peemedebistas Renan Calheiros e Henrique Eduardo Alves utilizaram seus cargos para beneficiar aliados que perderam o emprego ou estiveram envolvidos em suspeitas de corrupção, segundo a Folha. Um dos casos aconteceu em novembro de 2011, quando os dois políticos se uniram para tentar emplacar Hélio Derenne na Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), oito meses depois que ele deixou o posto de diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Derenne pediu exoneração do cargo após o Ministério da Justiça instaurar sindicância “para apurar a ausência de fiscalização e a prática de atos ilícitos nas rodovias federais, a falta de planejamento e o mau uso de recursos públicos” pela polícia. O pagamento de propinas em estradas federais e sucateamento em bases da polícia também foram alvo de investigação da Controladoria-Geral da União (CGU). Calheiros e Alves enviaram, então, ao ministro dos Transportes um documento no qual defendiam os atributos do indicado, que permitiam “pautar sua atuação e seus posicionamentos pelos princípios da moralidade administrativa e da efetividade das decisões”. Apesar do lobby, o governo não aceitou a indicação. BN
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