Investigados pela operação Porto Seguro tentaram ajudar a defesa do ex-ministro José Dirceu e do deputado federal Valdemar Costa Neto (PR-SP) no processo do mensalão, sugere relatório da Polícia Federal. Apesar de defender que as autoridades não estão envolvidas no esquema, o documento enviado pela PF à Procuradoria-Geral da República revela que elas tentaram auxiliar os réus do mensalão. No dia 12 de novembro, a ex-chefe do gabinete da Presidência da República em São Paulo, disse em telefonema para Paulo Vieira – apontado como chefe do esquema da venda de pareceres – que “é o Gilberto Miranda que está ajudando ele [Dirceu]”. “Estão fazendo várias reuniões na casa dele”, completa. Vieira responde: “Eu não sabia que o JD [José Dirceu) tava dando esse peso todo para o Giba [Miranda]”. O ex-diretor da Agência Nacional de Águas (ANA) volta a aparecer em uma troca de e-mails interceptada. Nela, o empresário Carlos César Floriano, dono do terminal de cargas Tecondi, solicita a Vieira que contate o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, com o objetivo de tentar evitar a condenação de Valdemar Costa Neto por formação de quadrilha, o que de fato aconteceu. “Faltam dois a favor dele em relação a este crime, gostaria de conseguir o voto do Min. Toffoli a favor dele em relação a este crime”, escreveu o empresário. Costa Neto foi absolvido com os votos de Toffoli, Rosa Weber, Cármen Lúcia, Marco Aurélio e Ricardo Lewandowski. Informações da Folha.
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