247 – Com exceção da CUT, as quatro maiores centrais sindicais do país decidiram encerrar a lua de mel com o governo Dilma Rousseff e preparam para o dia 6 de março uma grande manifestação em Brasília. Os presidentes da Força Sindical, Nova Central, UGT e CTB defendem o fim do Fator Previdenciário, a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais e a expansão da reforma agrária.
A decisão foi anunciada após reunião na segunda-feira, em São Paulo. "Foi uma lua de mel recorde de dois anos, mas essa lua de mel acabou hoje. Dilma pegou uma política econômica com o país crescendo 7,5% e levou a zero. O PIB este ano será uma vergonha. Alguns setores, como o de máquinas, já começam a demitir", disse o presidente da segunda maior central do país, a Força Sindical, o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP).
A CUT, ligada ao PT, enviou uma nota de apoio ao encontro, sem romper com o governo. No texto, o presidente Vagner Freitas, defende uma “ampla mobilização nacional” em 2013, condena o “sucateamento do Ministério do Trabalho” e critica “a falta de disposição do governo e da presidenta Dilma para negociar a agenda desenvolvimentista da classe trabalhadora, o que ocorre em notório contraste com o tratamento VIP dispensado aos representantes do capital”.
As centrais sindicais entregaram no dia 4 de dezembro um pedido de audiência para pedir que o governo coloque em votação ainda este ano uma proposta que cria uma alternativa ao fator previdenciário, fórmula atualmente usada para calcular as aposentadorias. O mesmo, segundo os líderes do movimento, foi ‘ignorado’ por Dilma.
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