A Secretária Municipal de Saúde, enfermeira Zoraide Cruz, emitiu uma nota à imprensa, concedeu entrevista a um site local e fez divulgação em carros de som, tentando se defender das sérias acusações de ter sido responsável pelo fechamento do Hospital Pediátrico Raimundo Perazzo, a mando do prefeito.
Alegando ter investido cerca de 1 milhão no Prerazzo, argumentou que a prefeitura vem dando todo suporte ao HRP e que a decisão de fechar o hospital foi um “ato político eleitoral”. Para algumas pessoas inadvertidas, podem até parecer convincentes as alegações da Secretária de Saúde, mas é preciso entender que o Hospital Raimundo Perazzo não é a única unidade ligada ao sistema de saúde do município que está em crise, e isto a secretária não justificou.
Vejamos os exemplos dos Hospital Cristo Redentor, que na última semana também anunciou a suspensão dos atendimentos por atraso nos repasses, do Posto de Saúde recém reformado da Nova Itapetinga, que não tinha medicamentos até a ultima quarta-feira, do Posto de Saúde do bairro São Francisco, que está entregue às moscas, sem médico e sem o responsável para entrega de medicamento na farmácia, do Posto de Saúde do Vila Rosa, que está a mais de 20 dias sem atendimentos por falta de médico, do CDM, que tem demorado meses para marcar um simples atendimento e até mesmo dos funcionários da própria Secretaria de Saúde e do SAMU 192 que vêm recebendo seus salários com atrasos injustificáveis.
Estes sim, são fatos concretos que mostram a realidade do descaso administrativo que impera na Secretaria Municipal de Saúde, sob o comando de ausente secretária Zoraide Cruz, que sempre tem uma justificativa na ponta da língua, para cada situação, embora a realidade seja outra, bem diferente do que ela diz.
Assim, ficam algumas perguntas no ar: todo esse caos administrativo é também uma “manobra política” da oposição? a falta de medicamento nos postos de saúde, falta de médicos e de funcionários, os atrasos na folha de pagamentos, construções de PSFs inacabadas, UPA construída e fechada por falta de equipamentos e pessoal, dentre outras coisas, seriam também “atos políticos” da oposição? Certamente que não.
Mas em uma coisa ela está certa: o fechamento do Hospital Raimundo Perazzo foi sim uma decisão política eleitoral, perpetrada por ela e seus auxiliares, a mando do prefeito, do irmão secretário e de um certo assessor, importado do Oriente Médio, a quem Dona Zoraide Cruz deve obediência. E a população continua a reclamar…
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