Na próxima quinta-feira começa finalmente a ser julgada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a tão esperada Ação nº 470, que vai decidir o destino dos 38 indiciados como participantes do 'Mensalão do PT', fato político de maior repercussão no País dos últimos tempos, denunciado em 2005, em face dos nomes envolvidos, membros da cúpula do governo do ex-presidente Lula, e também de integrantes do comando do PT, partido do qual Lula é fundador, ex-presidente nacional e presidente de honra. Mesmo demorando sete anos para ser finalmente incluído na pauta do STF, a defesa de alguns dos indiciados continua procurando utilizar recursos que possam retardar por mais tempo o julgamento em busca de possíveis prescrições de alguns dos crimes atribuídos aos seus clientes, bem como também procuram descaraterizar acusações, também para livrar a cara deles;
As ações dos políticos destinadas a impedir que o julgamento do 'Mensalão do PT' tenha influência negativa para os candidatos governistas nas eleições de 7 de outubro aconteceram das mais variadas formas, sendo a de maior repercussão a tentativa de Lula junto ao ministro do Supremo, Gilmar Mendes, para que o julgamento fosse adiado para depois das eleições. Declarações absurdas foram feitas por alguns dirigentes do PT, depois abrandadas, tentam até desmentir a existência do 'Mensalão', fato na época reconhecido pelo então presidente Lula, que até pediu desculpas ao País pelo comportamento de seus companheiros de partido. O principal ministro de Lula, seu Chefe da Casa Civil, José Dirceu, foi exonerado e ainda teve cassado seu mandato de deputado federal. A verdade é que o 'Mensalão' existiu e seus participante vão começar a ser julgados a partir de quinta-feira;
Agora, a discussão é sobre o julgamento, se o mesmo será técnico, de acordo com os autos da Ação 470, ou se o mesmo será político. Nesse caso, políticamente o julgamento terá duas vias, pois nada menos que oito dos 11 ministros do Supremo foram indicados e nomeado por Lula ou pelo presidente Dilma Rousseff, destacando-se entre estes o ministro Dias Toffoli, antigo advogado de Lula, do PT e subchefe de gabinete de José Dirceu na Casa Civil, além de ter namorada defensora de um dos réus. Seja qual for o critério, o que a opinião pública espera é que não haja condenações injustas nem absolvições absurdas, mas sim que seja feita realmente Justiça.
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