A presidente Dilma Rousseff quer o governo distante do julgamento do mensalão para evitar que o escândalo contamine o Palácio do Planalto. Disposta a impedir que a crise enfrentada pelos réus do PT bata à porta do Planalto, Dilma determinou a ministros que não entrem na polêmica do julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF).
"Temos uma decisão de governo, de seguir trabalhando com muita serenidade nesse tempo. O Judiciário vai fazer a parte dele, temos confiança no Poder Judiciário e seguiremos trabalhando", afirmou o chefe da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, antes de audiência com o ministro da Defesa, Celso Amorim. Carvalho foi chefe de gabinete do ex-presidente Lula.
"A orientação da presidente Dilma é que o governo não pare, não faça nenhum tipo de ação que não seja voltada para que a máquina siga funcionando e confiando que o Judiciário faça o papel dele."
Ex-ministra das Minas e Energia, Dilma assumiu a Casa Civil, em 2005, justamente com a queda de José Dirceu, abatido pela crise do mensalão. Ela se aproximou do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nessa época. Com os candidatos naturais do PT fustigados pelo escândalo, Dilma virou a herdeira de Lula, apesar de novata no PT.
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