Nesta quinta-feira, dia 2, a cidade de Camacan se viu às voltas de mais uma manchete negativa sobre os serviços públicos oferecidos aos seus munícipes. A situação é mostrada por um vídeo onde a acompanhante da paciente falecida faz um desabafo dizendo ser vítima de omissão de socorro.
De acordo com relatos das duas senhoras que aparecem no vídeo e que acompanhavam a mulher denominada Gilvane Ferreira de 56 anos, ela morreu na porta da Fundação Hospitalar de Camacan sem ser atendida, após percorrer os três hospitais da cidade, sendo que começou pela Fundação e que apenas neste havia médico naquele horário.
De posse das imagens, o Miolo Baiano procurou ouvir a versão do Dr. Aníbal de Holanda Cavalcante, Diretor e Presidente da Fundação Hospitalar de Camacan e teve como explicação a informação de que neste horário em que a paciente foi levada ao hospital, a Dra. Cristina, única médica plantonista do hospital, estava realizando um parto e portanto não pode atender a paciente em discussão.
Segundo Dr. Aníbal, logo que chegou a portaria da unidade, o motorista foi orientado a levar a paciente para um dos outros dois hospitais da cidade, visto que a médica não podia interromper o parto que estava fazendo e assim foi feito. Mas eles retornaram à Fundação por não haver nenhum médico nas outras duas unidades e a vítima veio a óbito ainda dentro da ambulância.
“Na verdade ela não foi atendida em nenhum hospital” afirma o diretor. Mas ele também amenizou a responsabilidade do hospital que dirige, com a informação de que assim como a Fundação Hospitalar os hospitais AMEC e Santo Antonio, também, todos privados e conveniados ao SUS, tem por obrigação manter ao menos um médico plantonista 24 horas. O que não aconteceu na situação.
Ainda de acordo com o médico, dos três hospitais da cidade, o mais credenciado para atender Emergência, Urgência e Ambulatório é o Hospital Santo Antonio, a Fundação é melhor credenciada para internação.
Após saber da divulgação do vídeo, o Dr. também soube por terceiros, que as mulheres que acompanharam a situação de morte, procuraram o Ministério Público, mas o MP não acatou a reclamação e até o fechamento desta matéria, ele não havia recebido por escrito nenhum comunicado emitido oficialmente pelo MP para prestar nenhum tipo de informação.
Perguntado pelo Miolo Baiano se a médica plantonista estava mesmo na sala de parto no momento, o blogueiro ouviu do médico que não havia ainda falado com a Dra. Cristina após o incidente, mas que acreditava que sim, pois ele não queria acreditar que houvesse algum tipo de mentira da sua colega de profissão, até mesmo para lhe prejudicar e, que na manhã seguinte ele mesmo iria conferir os registros do hospital. Por Dodô Ivan Nilton.
CONFIRA OS RELATOS DO VÍDEO
http://migre.me/a8JCc
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