Um ano após o assassinato da juíza Patricia Acioli, em Niterói, as medidas tomadas para aumentar a segurança de magistrados no Estado do Rio e no País não conseguiram evitar o crescimento da lista de membros do Judiciário ameaçados. Um levantamento do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) revela que atualmente há 181 juízes ameaçados de morte por questões relativas ao trabalho no Brasil. Destes, apenas 61 têm algum tipo de escolta. Os Tribunais de Justiça dos Estados do Rio e de Minas lideram o ranking, com 29 juízes. Por proporção, o Tocantins oferece mais perigo, pois quase 10% dos 123 magistrados estão sob ameaça."O grande problema é a promiscuidade existente entre os chefes de segurança da cúpula do Poder Judiciário e as milícias. Tive três grandes casos no CNJ de problemas de segurança com juiz. Em todos, o crime organizado foi em cima do juiz porque o tribunal não deu cobertura. Os criminosos sabem que a cúpula do poder não apoia aquele juiz", explicou a corregedora do CNJ, ministra Eliana Calmon. Para resolver este e outros problemas, foi sancionada em julho a Lei 12.664 que dá proteção pessoal ao magistrado que se sinta ameaçado. A legislação também possibilita que ações contra o crime organizado sejam julgadas por um colegiado de três juízes. BN
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