Aulão com sala vazia (foto Robson Mendes/Correio)
Em uma tentativa questionável de compensar os efeitos danosos dos 115 dias de greve, neste particular para os estudantes que irão se submeter ao Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), o governo baiano contratou uma empresa para ministrar 384 aulas em 24 localidades, na capital e no interior.A maratona começou neste sábado (4), mas a falta de alunos denuncia o descrédito da proposta. Muitos educadores já tinham apontado a a impossibilidade de se transmitir, em curto espaço de tempo e em auditórios lotados (pelo menos era isso que se esperava), o conteúdo programático necessário a quem pretende tentar uma vaga na universidade. Pelo visto, os estudantes também não acreditaram.
A ideia do governo foi criticada ainda pelo alto investimento (R$ 1,59 milhão) em uma experiência notadamente falível do ponto de vista pedagógico. O professor Jorge Portugal, dono da empresa contratada para organizar os “aulões”, defendeu o projeto, alegando que as lições seriam transmitidas por “professores de ponta”.
Podem ser “de ponta” (ou de ponta de estoque, como ironizou um colega menos afortunado), mas não são mágicos nem milagreiros. Aliás, se tiverem superpoderes, podem começar a demonstrá-los atraindo os estudantes que nesta segunda-feira (5) encerram longo período de férias forçadas. De http://www.cenabahiana.com.br/v1/
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