Seis exemplares da espécie "Atretochoana eiselti", anfíbio raro de corpo alongado, cilíndrico e de pele lisa que pertence à família das chamadas cobras-cegas, foram encontrados perto de obras de uma hidrelétrica no Rio Madeira, em Porto Velho, capital de Rondônia. O maior deles tem um metro de comprimento.
Três dos anfíbios foram devolvidos saudáveis para o rio Madeira, dois foram preservados para estudos científicos e um acabou morrendo. "Resgatar um animal tão raro como este foi uma sensação fora do comum. Procurei referências bibliográficas, entrei em contato com outros pesquisadores e vimos que se tratava de 'Atretochoana eiselti'", descreveu o biólogo Juliano Tupan, analista Socioambiental da Santo Antônio Energia.
Segundo o biólogo Juliano Tupan, o que torna o animal tão especial é o fato de não possuir pulmões, mesmo sendo considerado grande, com mais de um metro de comprimento.Outro motivo que faz a descoberta do anfíbio no rio Madeira ser tão comemorada é por se tratar do terceiro exemplar conhecido no mundo, sendo o primeiro com localidade certa. "O que está no museu de Viena só tem como localidade 'América do Sul' e o que está na Universidade de Brasília não tem dados de localidade", diz o biólogo Juliano Tupan.
Mais recentemente, depois da descoberta no Madeira, a espécie foi encontrada por pescadores de camarões na praia de Marahú, na Ilha do Mosqueiro, em Belém, no Pará.
O resgate do anfíbio no rio Madeira foi tema de um artigo escrito pelos pesquisadores Marinus Steven Hoogmoed e Adriano Oliveira Maciel, do Museu Paraense Emilio Goeldi, e pelo biólogo Juliano Tupan. O texto foi publicado no boletim do museu, que é um dos periódicos científicos mais antigos do Brasil. Juliano Tupan/Divulgação - http://www.bol.uol.com.br/
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