O delegado Wagner Pinto, chefe do Departamento de Investigações de Minas Gerais, informou nesta terça-feira (26) que policiais estão levantando informações preliminares sobre o local onde estaria o corpo de Eliza Samudio e que foi indicado por uma carta cuja autora disse ter sonhado com o lugar.
A área verde fica no bairro Planalto, região norte de Belo Horizonte, e conteria um poço onde o corpo da ex-amante do goleiro Bruno Souza teria sido jogado. Bruno e sete pessoas vão a júri popular, ainda sem data definida, pelo sumiço da moça.
A carta com um pedido de busca foi entregue ao delegado na última sexta-feira (22) pelo advogado José Arteiro Cavalcante, representante em Minas Gerais de Sônia Moura, mãe de Eliza.
Sem discriminação da remetente, a correspondência chegou às mãos de Sônia na recepção de uma emissora de TV, após ela ter participado de um programa televisivo, na semana passada, em Belo Horizonte.
“Por ora, estamos apenas fazendo alguns levantamentos preliminares no local, fazendo o reconhecimento da área. Queremos saber se realmente existe esse poço, se o local é uma propriedade particular, como são os acessos a ele. Porque fazer uma busca baseada em sonho é difícil, né?” afirmou Pinto.
Ele disse necessitar de elementos “mais robustos’ que justifiquem uma operação de cunho mais amplo no local. “Se porventura houver algo que enseje a operação, e o terreno for de propriedade privada, precisamos de um mandado de busca expedido pela Justiça. Não podemos sair cavando buracos na propriedade privada”, disse.
Os trabalhos ficarão a cargo da delegada Alessandra Wilke, que já participou das investigações sobre o sumiço da ex-amante do goleiro. Ela foi a primeira a receber, em 2010, a informação de que Eliza estaria, juntamente com o filho, em cárcere privado e teria sofrido maus-tratos no sítio do jogador, em Esmeraldas (região metropolitana de Belo Horizonte). O episódio deflagrou as investigações policiais sobre o caso.
Mãe de Eliza diz acreditar na carta
Sônia Moura havia demonstrado esperança em achar os restos mortais da filha ao afirmar que a carta mostraria como chegar ao local. “Ela conta detalhes que me chamaram muito a atenção. Revela o endereço, a localização do poço e ainda como eu devo fazer para chegar lá. Tem todos os pormenores”, disse.
Recentemente, a mãe de Eliza recebeu a guarda definitiva do neto, cuja paternidade é atribuída ao goleiro Bruno, da Justiça de Foz do Iguaçu (PR).
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