Aiuri Rebello Do UOL, em São Paulo
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva saiu em defesa do ex-presidente do Paraguai, Fernando Lugo, deposto na última sexta-feira (22). Ao dizer que “a democracia no Paraguai foi ferida”, Lula usou termos idênticos aos de Lugo em seu discurso de despedida do cargo.
“Do meu ponto de vista pessoal, o que aconteceu no Paraguai foi um ataque à democracia”, afirmou Lula, durante ato de oficialização do apoio do PCdoB à candidatura do petista Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo nesta segunda-feira (25), no centro da capital paulista.
“Vamos esperar a posição oficial da Unasul e do Mercosul, mas tenho minha opinião. A democracia no Paraguai foi ferida, ele não teve tempo para se defender”, afirmou o ex-presidente.
Lugo foi alvo de um processo de impeachment que durou pouco mais de 24 horas. O Senado paraguaio precisava de 30 votos (maioria de dois terços) para concretizar o impeachment. Foram 39 votos pela condenação, quatro contra e duas abstenções.
Ainda na sexta-feira, o vice-presidente Federico Franco tomou posse, mas seu governo não obteve o reconhecimento de países do continente.
Uma fonte do Itamaraty disse nesta segunda que o Brasil não tomará nenhuma decisão em relação ao Paraguai sem antes consultar os outros integrantes do Mercosul (Argentina e Uruguai).
Nesta segunda, a presidente Dilma Rousseff participou de uma teleconferência sobre negócios da China com o Mercosul, junto com a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, e o presidente do Uruguai, José Mujica. A conversa não contou com a participação de representante do Paraguai.
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