A produção industrial brasileira em março teve queda de 2,1% em relação ao mesmo mês do ano anterior, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (3). É o sétimo resultado negativo seguido nesse tipo de comparação. Em relação a fevereiro, a baixa foi de 0,5%.
Ainda segundo o IBGE, o primeiro trimestre de 2012 fechou com recuo de 3% quando comparado com um ano antes e contração de 0,5% sobre o quarto trimestre de 2011.
Houve queda da produção industrial em 18 dos 27 setores pesquisados na comparação mensal em março, com destaque para o de Edição, impressão e reprodução de gravações (-7,1%) e Refino de petróleo e produção de álcool (3,6%). Na ponta oposta, o IBGE destacou o avanço no setor de Veículos automotores (+11,5%).
O setor industrial, apesar dos esforços do governo, já vinha dando sinais de que ainda patina. Por exemplo, o Índice de Gerentes de Compras de Produção Industrial (PMI, na sigla em inglês) do instituto Markit divulgado na quarta-feira recuou para 49,3 em abril, ante 51,1 em março.
Ao ficar abaixo da marca de 50 pontos, que separa contração da expansão, depois de três meses seguidos acima desse nível, o índice aponta para "a primeira deterioração nas condições operacionais do setor industrial em 2012", segundo o instituto.
Recentemente, o governo lançou um pacote de estímulo à indústria que englobou desde a desoneração da folha de pagamentos de alguns setores até novos aportes oficiais ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), de R$ 45 bilhões. O objetivo é garantir um crescimento da economia brasileira na casa de 4% neste ano. (Com informações da Reuters) - Do UOL, em São Paulo
Nenhum comentário:
Postar um comentário