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quinta-feira, 31 de maio de 2012

Sindicato das empregadas domésticas processa Rede Globo por causa de novela

Sindicato das empregadas domésticas processa Rede Globo por causa de novelaO Sindicato das Empregadas Domésticas do Rio de Janeiro entrou na Justiça com ação civil pública, por danos morais, contra a Rede Globo em função dos versos da música “Vida de Empreguete”.
Segundo Anastácia Oleari, presidente do SED-RJ, “o neologismo  ‘empreguete’ aniquila a importância social de nosso trabalho ainda nos expõem a trocadilhos infames que arranham a imagem da mulher enquanto ser pensante no contexto de uma sociedade pós-estruturalista”.
Diversas domésticas acionaram o sindicato reclamando da rotina vazia que a música resume a vida das auxiliares de serviços domésticos. A doméstica Karla Teresinha Nogueira, 19 anos e moradora de Vigário Geral se revoltou com o verso “quando volto do serviço quero meu sofá”. Karla afirma que a rima ficou pobre e distante da realidade das domésticas cariocas. Segundo ela ficaria mais apropriado: “quando volto do serviço leio Neruda para relaxar”.
A doméstica Fernanda Falcão tem 23 anos e é moradora da comunidade de Engenho de Dentro. Trabalha com afazeres domésticos desde os 12 anos e hoje é mãe de duas filhas gêmeas de 10 anos. O foco de suas críticas estão mais focalizadas. Segundo Fernanda “o campo fonético do verbete ‘empreguete’ abre caminho para rimas pobres como ‘periguete’ e a designação vulgar do sexo oral. Que prefiro nem citar o nome…”
As domésticas pedem uma indenização de R$ 35 milhões ou a criação de uma nova letra para a música, desta vez composta por um pool de compositores indicados pela diretoria de cultura do sindicato. Os compositores relacionados pelo SED-RJ são Lenine, Marcelo Jeneci, Leandro Lehart, Vander Lee, Alexandre Pires, Michael Sullivan e Paulo Massadas.
Para Carmem Lucia Filgueiras, diretora cultural do sindicato “este pool de artistas representa o mosaico das identidades culturais brasileiras, e por isso teriam autoridade artística e moral para destilar poeticamente nossa rotina. FONTE:  Jornal O Dia

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