- Continuam persistindo as dúvidas em relação ao estranho encontro entre o ex-presidente Lula, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e o ex-ministro do STF e da Defesa da presidente Dilma Rousseff, Nelson Jobim, no qual, segundo afirma e reitera Gilmar Mendes, Lula o teria sugerido agir para que o julgamento do Mensalão do PT fosse adiado, além de outros fatos já bastante conhecidos por conta da ampla divulgação que a imprensa está dando ao fato. Também chamam a atenção o silêncio de Lula, que só 'fala' através da assessoria do seu instituto, e ainda as declarações de Rui Falcão, presidente nacional do PT, desmentindo tudo o que Gilmar Mendes disse e tem dito. Chega-se à conclusão que alguém pode estar mentindo nesse episódio, porque também tem uma série de declarações de Nelson Jobim que criam mais confusão no assunto. Qualquer um dos três que esteja mentindo ficará muito mal nessa história;
- E então, as perguntas continuam. Por qual motivo um ministro do Supremo iria a um encontro com um ex-presidente da República, ouviria uma solicitação de adiamento de um julgamento que no final pode 'respingar' nele, acompanhada de chantagem, e somente um mês depois é que 'botaria a boca no trombone'? Se o encontro era casual, por que não agiu de imediato? E Lula, que vive dizendo que o Mensalão do PT nunca existiu, que é uma farsa, que razão tem para não querer o julgamento de uma vez, para provar o que vive dizendo, embora na época, em 2005, tenha reconhecido a existência dele, dizendo-se traído? E Nelson Jobim, que interesse tinha em promover o encontro? E mais. Com oito ministros 'petistas' no STF, por qual motivo Lula escalou logo um 'tucano' para propor o adiamento? Tudo isso precisa ser explicado;
- Pela novas declarações de Gilmar Mendes à imprensa e pela ação da Procuradoria-Geral da República (PGR), cujo procurador-geral Roberto Gurgel , ao receber representação criminal contra Lula formulada pelos líderes do PSDB, DEM, PSOL e PPS mandou a mesma para o Ministério Público Federal do Distrito Federal para que investigue a denúncia de tráfico de influência, coação no curso de processo penal e corrupção ativa. Pode ser que tudo não dê em nada, mas uma coisa é certa: agora é que o Supremo não pode mais adiar o julgamento do Mensalão do PT, pois todo o STF ficará desmoralizado, algo que não faz nada bem para a democracia. Aguardamos os próximos capítulos.
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