A primeira partida da final do Campeonato Paulista mostrou porque o presidente do Santos, Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro, aceitou a escolha do Morumbi como palco dos dois jogos da decisão. E porque o presidente do Guarani, Claudio Mingone, reclamou.
A torcida santista foi imensa maioria no estádio do São Paulo, eleito pela Federação Paulista de Futebol por ter maior capacidade que a Vila Belmiro e o Brinco de Ouro, as respectivas casas dos finalistas do Estadual.
Mesmo tendo 55% dos ingressos à disposição, a torcida do Guarani foi minoria neste domingo. Na semana que vem, o Santos terá a prioridade.
Com a final praticamente decidida, a torcida do Guarani deve comparecer em ainda menor número ao segundo jogo da decisão. O time de Campinas terá que vencer por quatro gols de diferença, ou três e ganhar nos pênaltis.
Mas o Morumbi ficou muito longe de estar lotado. Foram 40.146 pagantes de um total de 62 mil ingressos postos à venda --encalhe de mais de um terço das entradas. Os dois clubes vão dividir uma renda líquida de pouco mais de R$ 1,1 milhão, menos do que esperavam arrecadar --a expectativa era de pelo menos R$ 2 milhões.
A renda bruta da partida de ontem foi de pouco mais de R$ 1,85 milhão. É o que o Corinthians costuma arrecadar quando manda jogos importantes (Libertadores, por exemplo) no Pacaembu, que tem capacidade para cerca de 37 mil pessoas. Ao ceder o estádio para o jogo de deste domingo, o São Paulo faturou cerca de R$ 220 mil.
No domingo, desde o início da tarde, muito antes de o jogo começar, os torcedores do Guarani já xingavam a federação paulista e seu presidente, Marco Polo del Nero. "Vergonha do Brasil" foi o termo mais leve que usaram para se referir ao cartola.
Nos arredores do Morumbi, não houve grandes confrontos entre as uniformizadas dos dois times, que se envolveram em brigas ao longo de toda a competição. Uma funcionária da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) foi atingida por uma pedra por torcedores do Guarani, e uma família de Campinas relatou ter sido agredida por um fã do Santos. De http://www1.folha.uol.com.br/
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