"Na cama, ele não era grande coisa. Como era baixinho, não chegava lá. Getúlio era bom mesmo de língua, sabia beijar muito bem. Era a especialidade dele".
A declaração da ex-vedete Virgínia Lane, 92 anos completados na última terça-feira, deve ter feito o ex-presidente Getúlio Vargas se revirar no túmulo onde está enterrado, na cidade gaúcha de São Borja. Virgínia fala com propriedade: eles foram amantes por cinco anos, até 1953, um ano antes da morte de Vargas.
— Eu sou baixinha também, então até que a gente combinava na cama — tenta amenizar, aos risos, a vedete.
O belo par de pernas de Virgínia, torneado à época com duas horas diárias de natação, foi o que enlouqueceu Vargas, casado com dona Darcy. Com fama de mulherengo, ele frequentava os chamados teatros de revista, onde a ex-vedete se apresentava. Numa delas, Getúlio conheceu Virgínia. E, claro, suas pernas.
— Ele dizia que eram as mais bonitas do Brasil, e que, para ter melhores, só se eu morresse — gaba-se.
O historiador Milton Teixeira faz graça com a fama de Vargas:
— Se levarmos em conta que ele ficou 25 anos no poder, podemos dizer que foi o presidente mais conquistador.
Infidelidade
A ex-vedete garante que enquanto esteve com Vargas não soube da existência de outras "namoradas".
— Ele não era safado. Essas mulheres é que ficavam atrás dele. Todo mundo quer um presidente — critica. — Comigo a história foi outra. Ele é que ficou atrás de mim.
Hoje, morando num sítio em Barra do Piraí, no Sul Fluminense, Virgínia conta ter sido presente de Vargas a lembrança mais próxima do ex-amante é seu doberman, batizado de Getúlio.
— Eu não quero saber de homem nem no retrato. Não quero homem nenhum. Cansei deles — revela.
Com mais de nove décadas de vida, Virgínia tem voz firme a parece lúcida. No carnaval deste ano, voltou a brilhar no palco: colocou as pernocas de fora e fez apresentações na Cinelândia. Nos cinco dias de folia. Fez sucesso?
— Foi um público de umas cinco mil pessoas. Eles foram ao delírio. Tiveram uns caras que queriam tocar nas minhas pernas — conta, eufórica, revivendo a fama de 70 anos atrás.
‘Marias Planalto’ no pé dos presidentes
Fama, dinheiro e poder. Os ocupantes do posto mais alto da nação têm atributos de sobra para atrair o mulherio. São as "Maria Planalto", como define com humor o historiador Milton Teixeira. Com tanta tentação, parece ser difícil resistir uma "pulada de cerca". Além de Vargas (no detalhe), estão ainda no hall de conquistadores Juscelino Kubitschek, João Goulart, Jânio Quadros e Washington Luís.
— Todo mundo fica bonito e atraente quando tem dinheiro e poder — brinca Milton.
— Eles são muito assediados. Quem não tem um bom preparo se perde — avalia o historiador Fabio Koifman.
No Brasil, casos extraconjugais de presidentes não costumam causar grandes prejuízos para suas carreiras e reputação. Nos Estados Unidos, por exemplo, viram grandes escândalos e são usados pelos políticos nas guerras eleitorais. Inesquecível o caso de Bill Clinton, então presidente americano, que se envolveu no maior escândalo sexual do país. Em 1998, foi revelado que Clinton mantinha relações sexuais como a estagiária da Casa Branca Monica Lewinsky. O ex-presidente enfrentou um processo de impeachment, mas conseguiu se manter no cargo.
— Os americanos são muito moralistas. No Brasil, o povo tem repulsa a esse tipo de invasão da vida pessoal. Há uma noção de separar a vida pessoal da política — opina Koifman. De Extra On Line
A declaração da ex-vedete Virgínia Lane, 92 anos completados na última terça-feira, deve ter feito o ex-presidente Getúlio Vargas se revirar no túmulo onde está enterrado, na cidade gaúcha de São Borja. Virgínia fala com propriedade: eles foram amantes por cinco anos, até 1953, um ano antes da morte de Vargas.
— Eu sou baixinha também, então até que a gente combinava na cama — tenta amenizar, aos risos, a vedete.
O belo par de pernas de Virgínia, torneado à época com duas horas diárias de natação, foi o que enlouqueceu Vargas, casado com dona Darcy. Com fama de mulherengo, ele frequentava os chamados teatros de revista, onde a ex-vedete se apresentava. Numa delas, Getúlio conheceu Virgínia. E, claro, suas pernas.
— Ele dizia que eram as mais bonitas do Brasil, e que, para ter melhores, só se eu morresse — gaba-se.
O historiador Milton Teixeira faz graça com a fama de Vargas:
— Se levarmos em conta que ele ficou 25 anos no poder, podemos dizer que foi o presidente mais conquistador.
Infidelidade
A ex-vedete garante que enquanto esteve com Vargas não soube da existência de outras "namoradas".
— Ele não era safado. Essas mulheres é que ficavam atrás dele. Todo mundo quer um presidente — critica. — Comigo a história foi outra. Ele é que ficou atrás de mim.
Hoje, morando num sítio em Barra do Piraí, no Sul Fluminense, Virgínia conta ter sido presente de Vargas a lembrança mais próxima do ex-amante é seu doberman, batizado de Getúlio.
— Eu não quero saber de homem nem no retrato. Não quero homem nenhum. Cansei deles — revela.
Com mais de nove décadas de vida, Virgínia tem voz firme a parece lúcida. No carnaval deste ano, voltou a brilhar no palco: colocou as pernocas de fora e fez apresentações na Cinelândia. Nos cinco dias de folia. Fez sucesso?
— Foi um público de umas cinco mil pessoas. Eles foram ao delírio. Tiveram uns caras que queriam tocar nas minhas pernas — conta, eufórica, revivendo a fama de 70 anos atrás.
‘Marias Planalto’ no pé dos presidentes
Fama, dinheiro e poder. Os ocupantes do posto mais alto da nação têm atributos de sobra para atrair o mulherio. São as "Maria Planalto", como define com humor o historiador Milton Teixeira. Com tanta tentação, parece ser difícil resistir uma "pulada de cerca". Além de Vargas (no detalhe), estão ainda no hall de conquistadores Juscelino Kubitschek, João Goulart, Jânio Quadros e Washington Luís.
— Todo mundo fica bonito e atraente quando tem dinheiro e poder — brinca Milton.
— Eles são muito assediados. Quem não tem um bom preparo se perde — avalia o historiador Fabio Koifman.
No Brasil, casos extraconjugais de presidentes não costumam causar grandes prejuízos para suas carreiras e reputação. Nos Estados Unidos, por exemplo, viram grandes escândalos e são usados pelos políticos nas guerras eleitorais. Inesquecível o caso de Bill Clinton, então presidente americano, que se envolveu no maior escândalo sexual do país. Em 1998, foi revelado que Clinton mantinha relações sexuais como a estagiária da Casa Branca Monica Lewinsky. O ex-presidente enfrentou um processo de impeachment, mas conseguiu se manter no cargo.
— Os americanos são muito moralistas. No Brasil, o povo tem repulsa a esse tipo de invasão da vida pessoal. Há uma noção de separar a vida pessoal da política — opina Koifman. De Extra On Line
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