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terça-feira, 13 de março de 2012

POLITICA: Novato PPL comprova inchaço de quadro partidário

Mesmo sem voto, partido mais novo do Brasil recebeu 120.000 reais nos três primeiros meses de vida. Recursos fáceis incentivam criação de legendas.

Gabriel Castro
Deputados tomam posse: parlamento brasileiro tem 23 partidos - só quatro de oposição
Deputados tomam posse: parlamento brasileiro tem 23 partidos - só quatro de oposição (Wilson Dias/ABr)
"Partidos são como pessoas: nascem, crescem e, se não souberem dar resposta aos problemas do Brasil, morrem"
Mário Manso, pré-candidato do PPL à prefeitura de SP e presidente do diretório estadual do partido
Getulismo, protecionismo, nacional-desenvolvimentismo. Poderia ser um resumo de um livro de história sobre o Estado Novo, mas são referências da mais jovem legenda partidária do Brasil, o Partido Pátria Livre (PPL), que estreará nas urnas neste ano.
Com uma organização amadora, ideias ultrapassadas, nenhuma figura de renome e, até agora, zero voto, já que não disputou eleição, a legenda já recebe recursos do Fundo Partidário – em 2011, durante apenas três meses de existência, foi agraciada com mais de 120.000 reais. O partido também começou a testar a paciência da população na propaganda gratuita no rádio e na TV.
Formado por ex-integrantes do Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8), que praticou crimes durante a ditadura e depois se transformou em uma facção do PMDB, o PPL tem tudo para se tornar um coadjuvante de terceira linha. Mas, fiel à tradição nacional, já nasce apoiando o governo federal.
O nascimento do PPL é mais um sintoma da total anarquia do quadro partidário brasileiro, em que as siglas têm firmeza ideológica inversamente proporcional à fome de poder e de recursos públicos. As legendas de direita sumiram do mapa ou abandonaram as próprias ideias. Boa parte das de esquerda flexibilizou o discurso ao chegar ao poder na mega-aliança capitaneada pelo PT. Os nanicos radicais e sem voto são cada vez mais numerosos:  nesse time, o PPL se soma a PCB, PCO, PSTU e PSOL.
A fragmentação excessiva torna os governos reféns de amplas e heterogêneas coalizões, sem as quais não conseguiriam maioria no Congresso. Os partidos aliados cobram seu preço: o loteamento dos cargos do Executivo. Não é por acaso que o Brasil tem 39 ministérios e uma das menores oposições do mundo: ninguém quer ficar de fora. Leia tudo em http://vaniarjsp.blogspot.com/

Um comentário:

  1. O Gabriel Castro está profundamente desinormado e expressa a tendência da direita reacionária!

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