Mesmo sem voto, partido mais novo do Brasil recebeu 120.000 reais nos três primeiros meses de vida. Recursos fáceis incentivam criação de legendas.
Gabriel Castro
Deputados tomam posse: parlamento brasileiro tem 23 partidos - só quatro de oposição (Wilson Dias/ABr)
"Partidos são como pessoas: nascem, crescem e, se não souberem dar resposta aos problemas do Brasil, morrem"
Mário Manso, pré-candidato do PPL à prefeitura de SP e presidente do diretório estadual do partido
Mário Manso, pré-candidato do PPL à prefeitura de SP e presidente do diretório estadual do partido
Getulismo, protecionismo, nacional-desenvolvimentismo. Poderia ser um resumo de um livro de história sobre o Estado Novo, mas são referências da mais jovem legenda partidária do Brasil, o Partido Pátria Livre (PPL), que estreará nas urnas neste ano.
Com uma organização amadora, ideias ultrapassadas, nenhuma figura de renome e, até agora, zero voto, já que não disputou eleição, a legenda já recebe recursos do Fundo Partidário – em 2011, durante apenas três meses de existência, foi agraciada com mais de 120.000 reais. O partido também começou a testar a paciência da população na propaganda gratuita no rádio e na TV.
Formado por ex-integrantes do Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8), que praticou crimes durante a ditadura e depois se transformou em uma facção do PMDB, o PPL tem tudo para se tornar um coadjuvante de terceira linha. Mas, fiel à tradição nacional, já nasce apoiando o governo federal.
O nascimento do PPL é mais um sintoma da total anarquia do quadro partidário brasileiro, em que as siglas têm firmeza ideológica inversamente proporcional à fome de poder e de recursos públicos. As legendas de direita sumiram do mapa ou abandonaram as próprias ideias. Boa parte das de esquerda flexibilizou o discurso ao chegar ao poder na mega-aliança capitaneada pelo PT. Os nanicos radicais e sem voto são cada vez mais numerosos: nesse time, o PPL se soma a PCB, PCO, PSTU e PSOL.
A fragmentação excessiva torna os governos reféns de amplas e heterogêneas coalizões, sem as quais não conseguiriam maioria no Congresso. Os partidos aliados cobram seu preço: o loteamento dos cargos do Executivo. Não é por acaso que o Brasil tem 39 ministérios e uma das menores oposições do mundo: ninguém quer ficar de fora. Leia tudo em http://vaniarjsp.blogspot.com/
Com uma organização amadora, ideias ultrapassadas, nenhuma figura de renome e, até agora, zero voto, já que não disputou eleição, a legenda já recebe recursos do Fundo Partidário – em 2011, durante apenas três meses de existência, foi agraciada com mais de 120.000 reais. O partido também começou a testar a paciência da população na propaganda gratuita no rádio e na TV.
Formado por ex-integrantes do Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8), que praticou crimes durante a ditadura e depois se transformou em uma facção do PMDB, o PPL tem tudo para se tornar um coadjuvante de terceira linha. Mas, fiel à tradição nacional, já nasce apoiando o governo federal.
O nascimento do PPL é mais um sintoma da total anarquia do quadro partidário brasileiro, em que as siglas têm firmeza ideológica inversamente proporcional à fome de poder e de recursos públicos. As legendas de direita sumiram do mapa ou abandonaram as próprias ideias. Boa parte das de esquerda flexibilizou o discurso ao chegar ao poder na mega-aliança capitaneada pelo PT. Os nanicos radicais e sem voto são cada vez mais numerosos: nesse time, o PPL se soma a PCB, PCO, PSTU e PSOL.
A fragmentação excessiva torna os governos reféns de amplas e heterogêneas coalizões, sem as quais não conseguiriam maioria no Congresso. Os partidos aliados cobram seu preço: o loteamento dos cargos do Executivo. Não é por acaso que o Brasil tem 39 ministérios e uma das menores oposições do mundo: ninguém quer ficar de fora. Leia tudo em http://vaniarjsp.blogspot.com/
O Gabriel Castro está profundamente desinormado e expressa a tendência da direita reacionária!
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