A crise na Europa e nos Estados Unidos e, ao mesmo tempo, os remédios usados até aqui para enfrentá-la são as razões pelas quais países emergentes, como o Brasil, estão enfrentando reduções no ritmo de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).
As análises foram feitas pela presidente Dilma Rousseff, ontem, em Hannover, na Alemanha, ao término de novo encontro com a chanceler Angela Merkel. Para a chefe de Estado brasileira, a turbulência econômica desaquece os países emergentes, que ainda enfrentam o “tsunami monetário”, causador de valorização artificial do câmbio e perdas na balança comercial.
As declarações foram feitas em rápida entrevista coletiva ao final de uma visita à feira de tecnologia. Descrevendo o teor das reuniões com Merkel, Dilma reiterou as críticas ao excesso de liquidez promovido pelo Banco Central Europeu (BCE) e pelo Federal Reserve (Fed) desde o início da crise, em 2008.
“Eu manifestei para a chanceler Merkel a preocupação do Brasil com a expansão monetária que vem ocorrendo por parte dos países desenvolvidos”, disse a presidente. “Mas agora a expansão monetária da União Europeia provoca desvalorização das moedas, o que nós consideramos bastante adverso para o comércio internacional do Brasil.”
Dilma disse entender as adversidades da zona do euro causadas pela crise das dívidas soberanas, mas reiterou a necessidade de “buscar melhores formas de cooperação”.
Diferentemente da noite de segunda-feira, quando advertiu de forma indireta o Brasil contra “medidas protecionistas unilaterais”, ontem Merkel se mostrou menos incisiva, evitou cobranças e reconheceu a interconexão da expansão de liquidez na Europa e da valorização de outras moedas em relação ao euro. De http://www.jt.com.br/seu-bolso/
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