A estatística nacional da Febraban sobre assaltos a bancos, consumados ou não, indicou 422 ocorrências em 2011, um crescimento de 14,36% em relação a 2010. A informação foi divulgada na quinta-feira (1º) durante reunião com a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), em São Paulo.
O crescimento de assaltos em 2011 quebra uma tendência decrescente de ocorrências nos últimos anos, conforme apontam os números apresentados pela Fenaban:
2000 - 1.903 - . 2001 - 1.302 - . 2002 - 1.009 - . 2003 - 885 - . 2004 - 743 - . 2005 - 585 - . 2006 - 674 - . 2007 - 529 - . 2008 - 509 - . 2009 - 430 - . 2010 - 369 - . 2011 - 422
"Esses números são preocupantes, pois são muito altos e ainda voltaram a subir", disse Ademir Wiederkehr, diretor de imprensa da Contraf-CUT. Ele avaliou que "para a redução dos assaltos ocorrida a partir de 2000 foi fundamental a instalação das portas giratórias de segurança com detectores de metais, que começaram a ser colocadas a partir do final dos anos 90, por força da mobilização dos bancários em todo país e da aprovação de leis municipais em várias cidades".
Para o dirigente sindical, "o crescimento dos assaltos pode estar ligado à retirada de portas giratórias por alguns bancos, como o Itaú e o Bradesco, e à inauguração de novas unidades sem esse equipamento indispensável, que já virou símbolo de proteção da vida de trabalhadores e clientes".
O diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Daniel Reis, também não se surpreendeu com os números exibidos. Ele afirmou que o levantamento da Secretaria de Segurança Pública já havia revelado o crescimento de 211 para 254 assaltos no Estado de São Paulo, sobretudo nas áreas nobres da capital paulista. Daniel afirmou que, em assembleias realizadas pelo Sindicato no dia anterior, os bancários aprovaram uma moção de repúdio aos bancos que estão retirando portas giratórias.
A Contraf-CUT entregou uma carta para a Fenaban, manifestando "a grande preocupação dos bancários de todo Brasil diante da política adotada por alguns bancos de retirada das portas giratórias". Para a entidade, "trata-se de um retrocesso perigoso, que é inaceitável". A reivindicação é "a manutenção e a ampliação das portas giratórias para todas as agências e postos de atendimento".
Os bancários solicitaram também os números dos arrombamentos a bancos, uma vez que esses ataques dispararam nos últimos anos, sobretudo com o uso de explosivos. A Fenaban disse que não possui números, alegando que ocorrem fora do horário de atendimento, não envolvem pessoas e seriam problemas de segurança pública. "Os bancos são responsáveis pela segurança de seus estabelecimentos, sendo que tais ataques geram insegurança para trabalhadores e clientes, na medida em que revelam a vulnerabilidade das instalações", rebateu Ademir.
A Contraf-CUT ainda requereu dados sobre o crime da "saidinha de banco", mas a Fenaban voltou a dizer que é um problema de segurança pública. Os bancários rebateram. "Esse ataque começa dentro das agências, diante da falta de privacidade dos clientes na hora dos saques. É lá que os olheiros escolhem as vítimas. Portanto, os bancos não podem fugir de suas responsabilidades e jogar a culpa para os clientes e à polícia", salientou o dirigente sindical.
Os bancários frisaram que os bancos possuem recursos para ampliar os investimentos em segurança. Segundo pesquisa do Dieese, com base nos balanços de 2011 dos cinco maiores bancos, as despesas de segurança e vigilância somaram R$ 2,6 bilhões, o que representa uma média de 5,2% do lucro líquido de R$ 50,7 bilhões. "Oferecer ambientes seguros e protegidos seria uma forma de contrapartida social", defendeu Ademir.
Em 2011, conforme pesquisa nacional da Contraf-CUT e da Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV), com base em notícias da imprensa, 49 pessoas foram mortas em assaltos envolvendo bancos em todo país, uma média de 4 vítimas por mês, na sua maioria clientes. Em 2010, houve 23 ocorrências. "A vida das pessoas precisa ser colocada em primeiro lugar", ressaltou. De http://www.oimparcial.com.br/
O crescimento de assaltos em 2011 quebra uma tendência decrescente de ocorrências nos últimos anos, conforme apontam os números apresentados pela Fenaban:
2000 - 1.903 - . 2001 - 1.302 - . 2002 - 1.009 - . 2003 - 885 - . 2004 - 743 - . 2005 - 585 - . 2006 - 674 - . 2007 - 529 - . 2008 - 509 - . 2009 - 430 - . 2010 - 369 - . 2011 - 422
"Esses números são preocupantes, pois são muito altos e ainda voltaram a subir", disse Ademir Wiederkehr, diretor de imprensa da Contraf-CUT. Ele avaliou que "para a redução dos assaltos ocorrida a partir de 2000 foi fundamental a instalação das portas giratórias de segurança com detectores de metais, que começaram a ser colocadas a partir do final dos anos 90, por força da mobilização dos bancários em todo país e da aprovação de leis municipais em várias cidades".
Para o dirigente sindical, "o crescimento dos assaltos pode estar ligado à retirada de portas giratórias por alguns bancos, como o Itaú e o Bradesco, e à inauguração de novas unidades sem esse equipamento indispensável, que já virou símbolo de proteção da vida de trabalhadores e clientes".
O diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Daniel Reis, também não se surpreendeu com os números exibidos. Ele afirmou que o levantamento da Secretaria de Segurança Pública já havia revelado o crescimento de 211 para 254 assaltos no Estado de São Paulo, sobretudo nas áreas nobres da capital paulista. Daniel afirmou que, em assembleias realizadas pelo Sindicato no dia anterior, os bancários aprovaram uma moção de repúdio aos bancos que estão retirando portas giratórias.
A Contraf-CUT entregou uma carta para a Fenaban, manifestando "a grande preocupação dos bancários de todo Brasil diante da política adotada por alguns bancos de retirada das portas giratórias". Para a entidade, "trata-se de um retrocesso perigoso, que é inaceitável". A reivindicação é "a manutenção e a ampliação das portas giratórias para todas as agências e postos de atendimento".
Os bancários solicitaram também os números dos arrombamentos a bancos, uma vez que esses ataques dispararam nos últimos anos, sobretudo com o uso de explosivos. A Fenaban disse que não possui números, alegando que ocorrem fora do horário de atendimento, não envolvem pessoas e seriam problemas de segurança pública. "Os bancos são responsáveis pela segurança de seus estabelecimentos, sendo que tais ataques geram insegurança para trabalhadores e clientes, na medida em que revelam a vulnerabilidade das instalações", rebateu Ademir.
A Contraf-CUT ainda requereu dados sobre o crime da "saidinha de banco", mas a Fenaban voltou a dizer que é um problema de segurança pública. Os bancários rebateram. "Esse ataque começa dentro das agências, diante da falta de privacidade dos clientes na hora dos saques. É lá que os olheiros escolhem as vítimas. Portanto, os bancos não podem fugir de suas responsabilidades e jogar a culpa para os clientes e à polícia", salientou o dirigente sindical.
Os bancários frisaram que os bancos possuem recursos para ampliar os investimentos em segurança. Segundo pesquisa do Dieese, com base nos balanços de 2011 dos cinco maiores bancos, as despesas de segurança e vigilância somaram R$ 2,6 bilhões, o que representa uma média de 5,2% do lucro líquido de R$ 50,7 bilhões. "Oferecer ambientes seguros e protegidos seria uma forma de contrapartida social", defendeu Ademir.
Em 2011, conforme pesquisa nacional da Contraf-CUT e da Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV), com base em notícias da imprensa, 49 pessoas foram mortas em assaltos envolvendo bancos em todo país, uma média de 4 vítimas por mês, na sua maioria clientes. Em 2010, houve 23 ocorrências. "A vida das pessoas precisa ser colocada em primeiro lugar", ressaltou. De http://www.oimparcial.com.br/
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