A expectativa de que o Banco Central (BC) fará na próxima semana um corte maior da taxa de juros básica da economia, a Selic, reacendeu com força o debate em torno da necessidade de encaminhar as mudanças na remuneração fixa da caderneta de poupança.
O problema é que ainda não há consenso no governo sobre a melhor hora de tirar a proposta da gaveta.
“Tecnicamente a proposta está pronta. Falta a decisão da presidente e do ministro Guido Mantega”, disse uma fonte da equipe econômica ao JT. A proposta vincula a correção das cadernetas à Selic, definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do BC.
O governo está dividido em torno do momento político e, agora, também do momento econômico para mexer no rendimento do instrumento financeiro mais popular do País. A indústria de fundos de investimentos aumentou a pressão sobre a equipe econômica para acelerar a mudança.
O JT apurou que Mantega considera que não é necessário enviar a proposta ao Congresso agora porque a taxa Selic está acima do patamar necessário para que a mudança seja feita.
Mesmo que o Copom decida, na próxima quarta-feira, por um corte maior da Selic, como indicava o mercado financeiro ontem (investidores apostam numa redução de 0,75 ponto porcentual), a taxa básica cairia para 9,75% ao ano — patamar que para Mantega não justificaria o encaminhamento de uma medida provisória (MP) para alterar o rendimento da poupança. Só uma queda mais acentuada dos juros, ao longo dos próximos meses, mudaria esse quadro.
Por outro lado, segundo fontes qualificadas, há integrantes da equipe econômica que acham que a presidente Dilma deve enfrentar o problema agora para “não ficar na mão depois”, segundo palavras de uma fonte da Fazenda. Para esse grupo, a falta de uma solução para a poupança vai se tornar em breve um impeditivo para a continuação da queda dos juros. De http://www.jt.com.br/
Nenhum comentário:
Postar um comentário