- Depois de muita reclamar o não comparecimento do governador Sérgio Cabral ao local dos desabamentos ocorrido há poucos no Rio de Janeiro, uma notícia divulgada hoje na imprensa dá bem uma ideia de como o Estado do Rio vem sendo administrado. É que mais de dois anos depois das chuvas que arrasam a Baixada Fluminense em 2009 - as cidades mais atingidas foram as cidades de Belford Roxo e Duque de Caxias -, o Governo do Estado foi obrigado a devolver aos cofres da União cerca de R$ 20 milhões. O dinheiro era para construir 800 moradias para abrigar famílias atingidas pelas enchentes. O Ministério da Integração Nacional (aquele cujo titular é o 'consultor' amiguinho de Dilma Rousseff, Fernando Pimentel) realizou uma vistoria em agosto no ano passado e constatou que nenhum dos 50 blocos de 16 apartamento em cada tinham sequer saído do papel. O Rio de Janeiro deixou com isso de receber R$ 50 milhões, que seriam destinados a tirar pessoas de áreas de risco, especialmente naqueles dois municípios da Baixada;
- Os R$ 20 milhões foram, liberados em 26 de março de 2010 para que fossem construídos os 800 apartamentos no bairro Lote XV,e em mais três bairros de Duque de Caxias, fortemente atingidos pelas chuvas, onde os locais foram considerados como tendo dificuldade para receber abastecimento de água. Uma área alternativa foi indicada. No entanto, problemas burocráticos impediram que obra fosse realizada. Como nada foi feito no Lote XV, em Belford Roxo, parte dos moradores passaram a viver em outras áreas de risco. O coordenador do comitê de acompanhamento das obras, Rogério Gomes, foi bastante enfático em relação à falta de obras: "Para mim, isso é falta de compromisso, de vergonha na cara e de profissionalismo";
- Algumas explicações foram dadas. A Prefeitura de Belford Roxo diz que as famílias foram cadastradas e já receberam casas do programa 'Minha Casa, Minha Vida', do Governo Federal. Já a Secretaria de Obras do Estado informa que as áreas indicadas pelas prefeituras não era adequadas, pois as despesas com a preparação dos terrenos consumiria todos os recursos. Havia problemas com relação à titularidades dos terrenos. Isso fez com que o Estado devolvesse R$ 23 milhões e 700 mil à União, em 27 de dezembro do ano passado. Outros aguardam a conclusão de algumas casas do programa social específico do Governo Federal, outros estão recebendo aluguel social;
- Nota-se, então, que as vítimas das enchentes em sua grande maioria continuam à mercê da sorte e da previsão do tempo. Em ano de eleição, certamente não vai faltar verba para publicidade. Ao contrário, os agostoss previsto com propaganda já foram bastante majorados no Orçamento do Estado pra este ano. E a eleição é municipal. No entanto, Sérgio Cabral quer eleger a maioria de prefeito possível, pavimentando uma candidatura sua a Vice-Presidente da República, por exemplo, ou para o Senado, usufruindo de um mandato de oito anos. Pensar no povo, só na hora de pedir votos. Para Cabral e a maioria dos políticos, que o povo 'se lixe' e continue sem saber votar. De http://pontoetvirgula.blogspot.com/
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