Horas depois de anunciar em um programa de rádio, na cidade de Maribondo, interior de Alagoas, que era candidato a prefeito do município de Anadia, o vereador e médico Luiz Ferreira de Souza (PPS) foi executado a tiros, quando retornava à cidade. Além de médico, ele era professor universitário.
Luiz Ferreira, 61 anos, de acordo com as primeiras informações, levantadas por peritos e por policiais militares, foi assassinado no início da tarde deste sábado. A arma do crime foi uma pistola 9 mm. O presidente estadual do PPS, Régis Cavalcante, confirmou que Luiz Ferreira era sim candidato a prefeito em Anadia, seguindo uma estratégia do PPS de disputar as eleições à prefeitura em todas as cidades onde tenha vereadores ou nomes de peso eleitoral.
De acordo com Régis, o crime foi encomendado. Mas, ele ainda não pode identificar nem os autores ou suspeitos. "Este crime não pode ficar impune. Nosso vereador era médico, homem pacato e não era envolvido em violência. Era sim o nosso candidato a prefeito e isso não vai ficar impune", disse.
Ele entrou em contato com o secretário de Defesa Social, coronel Dário César, para que "sejam feitos todos os esforços para se elucidar este crime. "A sociedade alagoana não pode mais admitir esse crime de mando político e esse crime não vai ficar sem ser solucionado. É ponto de honra para o partido", disse.
Luiz Ferreira é o primeiro vereador a ser assassinado em Alagoas este ano. Em 2010, Genivaldo Barbosa da Silva foi morto a tiros no meio da rua na cidade de Roteiro, área sul alagoana. Ele era acusado de matar o prefeito, Edvaldo Santos, em 2006. Por falta de provas, ele foi liberado da prisão.
No dia 1º de outubro de 2007, o vereador da cidade de Mata Grande, sertão do Estado, Fernando Aldo, foi morto a tiros, após deixar o camarote de uma festa. De acordo com a Polícia Civil, o autor intelectual foi o deputado estadual Cícero Ferro (PMN) e a morte aconteceu, segundo as investigações, porque o vereador estava invadindo redutos políticos do parlamentar, no interior.
Esta semana, Ferro - acusado em mais um assassinato e respondendo pelo desvio de R$ 300 milhões da folha de pagamento da Assembleia Legislativa - ameaçou a jornalista Niviane Rodrigues, da Gazeta de Alagoas, na sala da imprensa da Casa e diante de outros jornalistas. Ele chamou a profissional de "venenosa". O Sindicato dos Jornalistas repudiou as ameaças.Do Portal Terra
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