Uma mega operação foi deflagrada nesta terça-feira (31) pelo GAECO (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) da Procuradoria Geral do Estado em conjunto com o COE (Centro de Operações Especiais) Choque de Salvador e Polícia Civil de Itabuna, nas cidades de Camacan e Canavieiras. O objetivo foi cumprir 21 mandados de busca e apreensão contra autoridades policiais, empresários e pessoas ligadas ao bando.
São eles: O major José Silvério, o delegado Jackson Silva, o empresário Edvan Ribeiro Santana, Carla Cristina, Carlos Jorge, João Oliveira Lachê, José Essidônio, José Ribeiro Santana, José Silva, Lailson M Lobo, Lauro Antônio Oliveira Ferraz, Luciano Lima, Matheus Ferraz, Paulo César Oliveira, Tatiane Ribeiro Tanajura e Tales Santos Carvalho e um homem identificado como “Bau”.
Segundo a coordenadora do GAECO, a promotora Ediene Losato, das 21 pessoas procuradas, 17 foram presas, todas com supostos envolvimento com tráfico de armas e drogas, extermínio, formação de quadrilha e roubo de carga. As diligencias ocorridas durante as primeiras horas do dia, também foram acompanhadas pelo chefe do DEPIN (Departamento de Policiamento do Interior) Edenir Cerqueira, o corregedor da Polícia Militar Marconi Calmon e os coordenadores regionais Moises Damasceno e Irineu Andrade, Itabuna e Ilhéus, respectivamente.
Somente no final da tarde, a cúpula da segurança pública do estado concedeu uma entrevista e revelou detalhes da investigação. Como por exemplo, a ligação das autoridades policiais com a quadrilha. “Eles estavam sendo investigados desde abril do ano passado e agora pedimos os mandados provisórios para que a conclusão do trabalho não seja prejudicada”, explica Ediene Losato.
Questionada pelo Radar Notícias se existe alguma ligação entre os acusados com a morte da empresária Katia Cristina ocorrida em dezembro de 2010, na cidade de Camacan, a coordenadora da GAECO não descarta. “De certa forma sim, ela sabia dos desvios praticados pelo marido, mas não podemos adiantar essa questão ainda, pois está sob sigilo de justiça”, informa.
Perguntamos também a Losato da existência de um vídeo deixado pela Kátia Cristina, mulher de Edvan Ribeiro, suposto mandante, apontando fraudes feitas por ele, como lavagem de dinheiro vendendo notas frias para prefeituras daquela região e ela não confirma. “Esse tipo de material pelo menos nas mãos do Ministério Público não está, agora, temos gravações sim, que ainda não podem ser reveladas”, justifica.
Durante a operação foram apreendidos farta documentação para investigação e armas que estavam sendo usadas ilegalmente pelos policiais presos.
O trabalho da polícia iniciado por volta das 5 da manhã terminou somente no final da tarde. Do lado de fora da sede da 7ª Coorpin em Ilhéus, ficou tomada de curiosos e parentes dos presos aguardando o desfecho.
De acordo com o corregedor da Polícia Militar, o Major Silvério, será encaminhado pelo Choque para Salvador onde ficará a disposição da justiça militar. Já o delegado Jackson Silva e policiais civis de Camacan, serão levados pelo COE para sede da Polícia Civil.
O outro lado
O advogado Cosme Reis que defende o empresário Edvan Ribeiro alega que o documento apresentado pela polícia aponta um mandado de busca no depósito do cliente dele. “Essa prisão é arbitrária e estamos voltando ao regime de 1974 que se prendia para investigar, lamentável”, dispara.De http://www.radarnoticias.com/
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