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quarta-feira, 22 de junho de 2011

Acionistas da Schin não entram em acordo sobre venda da empresa

O clima no comando da Schin é de intensas negociações. O processo de venda da segunda maior cervejaria do país esbarra na falta de entendimento entre os acionistas. De um lado, Adriano Schincariol, presidente da empresa, e seu irmão Alexandre, querem vender seus 51%. Do outro, com 49% das ações, os irmãos Gilberto Schincariol Junior, vice-presidente da empresa e responsável pelas áreas Comercial e de Marketing, José Augusto Schincariol, membro do Conselho de Administração, e Daniela — que são primos dos sócios majoritários — pretendem comprar a parte de Adriano e Alexandre.

Com isso, tentam evitar uma “união” com algum concorrente do setor, como a holandesa Heineken e a sul-africana SAB Miller. Há mais de um mês, o grupo liderado por Gilberto, ou Gilbertinho, como é chamado, ofereceu R$ 350 milhões por 2% das ações de Adriano, que recusou a oferta. Como o valor sempre foi um problema entre as partes, foi por isso, diz uma fonte ligada aos acionistas, que Adriano decidiu colocar a Schin à venda. O objetivo era saber o quanto seria oferecido pela empresa.

“Eu não me surpreenderia se uma parte da família comprasse a outra. Também não ficaria surpreso se eles estivessem nessa negociação somente para balizar preço. Tem uma discussão de preço na família. Mas, claro, se a proposta (de algum concorrente) for louca, sai todo mundo”, diz essa mesma fonte.

Mas a Heineken conseguiu manter negociações diretas com Adriano. Para isso, a holandesa contratou o consultor Fernando Tigre, ex-presidente da Kaiser e da própria Schincariol, para ajudar nas conversas. Executivos da Heineken acordaram de boca pagar cerca de R$ 4 bilhões pelos 51% das ações de Adriano e Alexandre (que não participa do dia a dia da empresa).

“Nas conversas com Adriano, a Heineken disse que iria cortar parte dos gerentes e dos vice-presidentes. E isso desagradou ao Gilbertinho, que tenta agora comprar os 51% das ações de Adriano e Alexandre. Ele (Gilberto) tem paixão pela companhia. Eu sinto que o Adriano é mais frio, com uma visão financeira”, completa a fonte.Da Agência O Globo

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