Mães e pessoas dentro do espectro autista relatam desafios
Beatriz Azevedo / LeiaJá
Dani Ramos / Foto: Arquivo pessoal

Assim como qualquer ser humano, as pessoas que estão dentro do TEA crescem, amadurecem e evoluem. No entanto, pouco se fala sobre a vivência e as dificuldades dosa autistas adultos.
Para entender e relatar a vivência sobre os diferentes desafios, o LeiaJá conversou com famílias atípicas e pessoas autistas para entender como cada um deles enfrenta esses desafios dentro dos diferentes níveis de suporte.
Autista também precisa de Saúde
Ruan da Silva e Rian da Silva são irmãos gêmeos e autistas. Ruan é um autista verbal de suporte 1 e Rian é um autista não verbal, nível 3 de suporte. Ambos têm 19 anos de idade, mas enfrentam desafios diferentes na vida adulta.
Ruan consegue falar, sair com amigos e praticar esportes. Mas tem dificuldade em compreender e interpretar algumas situações sociais. Já Rian, não consegue se comunicar, não gosta de ambientes fechados ou barulhentos e prefere sair apenas com seus pais. Contudo, ele faz natação e adora ir à praia e à piscina.
Para terem rotinas mais estáveis e superar as barreiras sociais, cognitivas e de comunicação que o TEA os impõe, os irmãos necessitam de terapias multidisciplinares. No entanto, de acordo a mãe solo dos gêmeos, a pedagoga Silvania Maria da Silva, um dos maiores obstáculos é encontrar terapias que aceitem os filhos adultos.
“Quando a criança autista é pequena, até seus 10 anos, tem algumas clínicas terapêuticas que ainda aceitam. Mas, depois que essa criança vai ficando mais velha, o SUS não tem mais trabalho de terapia. Todo mundo sabe que o autismo não tem cura, mas eu não entendo porque eles dão alta para as terapias. Nós mães atípicas sofremos muito para que nossos filhos tenham direito a uma consulta.”, lamentou Silvania. Leia mais no leiaja
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