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domingo, 12 de maio de 2013

Crise da indústria compromete novos investimentos

O caminho é longo para que as empresas vençam a burocracia e a inoperância da máquina pública até que medidas de estímulo fiscal ou creditício deixem o papel para a realidade das fábricas. Outro fator imponderável é o efeito insuficiente de incentivos ou da redução de juros sobre a atividade produtiva quando a demanda dos clientes se mantém fraca ou cai abruptamente, avalia Guilherme Veloso Leão, gerente de Estudos Econômicos da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg). “Apesar desses incentivos, o mercado externo continua sem sinais consistentes de recuperação. Se as empresas não têm demanda, é natural que a ociosidade se mantenha, e mesmo que o custo dos investimentos esteja mais baixo, não justifica contrair dívida para esse fim”, afirma.
As indústrias têxtil e automobilística são dois casos de resposta efetiva ao pacote de estímulos do governo. Depois da desoneração da folha de pessoal, as fábricas têxteis inverteram o movimento da produção, que era de queda. A redução do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) no crédito e do IPI também ajudou a indústria de automóveis a retomar a rota de crescimento. Para a produção industrial em geral, no entanto, é maior a influência do baixo nível dos investimentos públicos e privados na economia. “Os estímulos ao setor estão ligados também ao aumento da produtividade, que, por sua vez, depende de recursos aplicados em inovação nas fábricas”, diz Guilherme Leão.

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