CORREIO BRAZILIENSE
No total, os investigadores cumpriram 44 mandados de busca e apreensão e 12 de prisão. A ação ocorreu em Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo (foto: Ed Alves/CB/D.A Press)
Operação Conexão Brasília resultou na prisão de dois ex-gestores da pasta, Rafael Barbosa e Elias Miziara, além de outras 10 pessoas
Promotores do Ministério Publico do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) suspeitam que o esquema criminoso em fraudes de atas da Secretaria de Saúde tenha desviado mais de R$ 2 bilhões dos cofres públicos. Deflagrada na manhã desta quinta-feira (29/11), a Operação Conexão Brasília resultou na prisão de dois ex-gestores da pasta, Rafael Barbosa e Elias Miziara, além de outras 10 pessoas.
De acordo com um dos promotores à frente das investigações, Luís Henrique Ishihara, há indícios de que contratos firmados com empresas fornecedoras de equipamentos para pacientes contenham fraudes. “O levantamento que temos mostra que podemos ter um prejuízo de R$ 2,2 bilhões. Esse valor pode ser mais alto ainda”, afirma.
As diligências começaram no início do ano e apuram a adesão de atas da Secretaria de Saúde do Distrito Federal e da Secretaria de Estado do Rio de Janeiro. A suspeita é de que a pasta adquirisse produtos hospitalares, principalmente próteses e órteses, com preços superfaturados de empresas fantasmas investigadas até mesmo pela Operação Lava-Jato.
No total, os investigadores cumpriram 44 mandados de busca e apreensão e 12 de prisão. A ação ocorreu em Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo. A operação desta quinta apura um procedimento licitatório sobre a ata de registro de preço, que foi fraudada, e era direcionado à empresa HMED. “Essa empresa, fantasma, faz parte do cartel liderado por Miguel Skin. Esse contrato está avaliado em R$ 19 milhões, uma pequena parcela das fraudes que estamos apurando”, destaca.
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