Levantamento da UnB mostra que 52,2% das mulheres têm renda de até 2 salários mínimos e que 17,1% são impedidas de trabalhar
Leo Santanna - SBT News
Um estudo da Universidade de Brasília (UnB) comprova que a falta de recursos financeiros pode ser a principal barreira para romper o ciclo de violência doméstica no Brasil.
O levantamento analisou dez relatórios nacionais publicados entre 2023 e 2025 sobre as condições socioeconômicas das vítimas. Seis em cada dez mulheres (61%) afirmam que a dependência econômica impede a denúncia das agressões. Metade delas (52,2%) têm renda de até dois salários mínimos, enquanto 17,1% relatam que são impedidas pelos agressores de trabalhar ou estudar. Outros 10% dizem sequer ter acesso ao próprio dinheiro.
A doutora em Psicologia Clínica e Cultura da UnB, Carolina Campos Afonso, destaca que a dependência econômica tem ajudado a silenciar vítimas de violência doméstica no país.
"A falta de renda pode potencializar essa situação. Não é um requisito a renda, mas muitas dessas mulheres sofrem violência doméstica e não conseguem sair dessa situação de violência que está atrelada a uma situação de vulnerabilidade econômica", afirma a especialista.
Em uma delegacia recém-inaugurada na zona oeste da capital fluminense, existe uma sala de escuta para as vítimas, onde o anonimato das denúncias é mantido. Há também um espaço para acolhimento aos filhos das vítimas. A delegada orienta que, já nos primeiros sinais de abuso, é preciso pedir socorro.
































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