O filme Pajubá é dirigido por Gautier Lee e tem roteiro de Hela Santana
Foto: Carol Brandão
A capital baiana é um dos destinos do documentário Pajubá, que traz depoimentos de pessoas trans, dando visibilidade às suas vivências e desafios enfrentados nas cinco regiões do Brasil. Após passagem pelo Rio Grande do Sul, o filme chega à Bahia com uma gravação no Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA) da presidente da Associação Nacional de Travestis e Transexuais Keila Simpson. Ao todo, 28 pessoas trans das cinco regiões do país serão entrevistadas na obra. Após Salvador, o filme segue pra São Paulo.
Pajubá é dirigido por Gautier Lee, cineasta negra, angrense e não-binária, e que tem um desafio nas mãos, que é entrelaçar essas histórias e colocar na tela do cinema. “Pajubá representa a pluralidade do nosso país. O Brasil é um país praticamente continental, somos a maior parte da América do Sul e também uma grande parte da América Latina. E a gente está tentando traduzir isso dentro do nosso recorte de vivências, pessoas e cultura trans. Ter Keyla Simpson participando desse projeto é incrível. Quando eu estava nascendo, ela já era ativista. Agora eu estou tendo o privilégio de sentar frente a frente com ela e entrevistá-la, conversar com ela. Esse é o primeiro longa que estou dirigindo e eu vou ter a presença de uma pessoa que está literalmente lutando desde que eu nasci”, comenta
Primeira travesti a ser nomeada Doutor Honoris Causa no Brasil, título dado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro em 2022, Keila comenta sobre sua participação no filme . “Me sinto muito honrada de participar desse documentário. O filme se comunica com uma parte da população que não está habituada com essas histórias e está tendo a oportunidade de atingir um determinado público. É um pouco disso, de você falar de diversas coisas, comunicando com pessoas que talvez não parariam na esquina pra te ouvir”, comenta.
Os desafios de Pajubá