00.
Eduardo Bolsonaro admite não ter provas, mas diz que não vai aceitar ‘eleição fraudada’
Em entrevista a podcast, o deputado atacou o TSE, lançou dúvidas sobre o processo eleitoral e não rechaçou a possibilidade de golpe
Redação
Filho 03 do presidente Jair Bolsonaro (PL), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) endossou o discurso do pai nos ataques ao sistema eleitoral brasileiro em entrevista ao podcast Talk Churras, na última segunda-feira (11).
Segundo reproduziu a coluna de Guilherme Amado, no portal Metrópoles, ao ser questionado se vai acatar o resultado das eleições de outubro, o parlamentar afirmou: “Eu não vou aceitar eleição fraudada. Você aceitaria?”.
Apesar de dizer que não vai “pisar fora das quatro linhas”, a resposta se deu após ele lançar dúvidas, sem provas, sobre a urna eletrônica. “Meus representados não têm a segurança de que aquilo que eles digitam lá vai ser contado em Brasília de maneira apropriada”.
Quando cobrado a apresentar provas da suposta fraude, Eduardo titubeou, citando apenas boatos e teorias conspiratórias já desmentidos pela Justiça Eleitoral, a exemplo de urnas registrando número do PT automaticamente ou a fala enganosa de que as urnas não são auditáveis.
Segundo a coluna, ao ser questionado novamente sobre a declaração de que não aceitaria “eleição fraudada”, ele entrou em contradição. “Não, eu não falei isso. Ah, não, fraudada acho que ninguém aceitaria. E eu não estou falando que a eleição de agora será fraudada. Não tenho bola de cristal. Estou me precavendo de a Folha [Folha de S. Paulo] não botar um headline lá e falar que eu vou causar um problema no Brasil”, disse ele. “Não tenho como comprovar que foi fraudada”, admitiu.
Ao final, ao ser questionado sobre a possibilidade de um golpe, caso o governo Bolsonaro não aceitasse o resultado do pleito, ele desviou da pergunta e não rechaçou a ruptura institucional. “A gente não pode trabalhar com esse exercício de futurologia. O jogo ainda está rolando”.