por Aline Souza **Foto: Tony Carvalho/ Fotos Públicas
O trabalhador brasileiro que exerce uma atividade informal hoje ganha em valores reais, já considerada a inflação, até 10% menos do que ganhava há quatro anos, antes do início da crise, segundo cálculos da consultoria LCA com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua. O rendimento real caiu para todas as faixas etárias de trabalhadores que estavam fora do mercado formal, na comparação entre o primeiro trimestre de 2014, ano em que o País vivia uma sensação de pleno emprego, e os três primeiros meses deste ano. Sem direitos trabalhistas, esses brasileiros viram a renda diminuir e a vulnerabilidade aumentar. A renda real deles vinha aumentando entre o início de 2012, primeiro ano da Pnad Contínua, até 2014. A partir de 2015, com a recessão e a reversão do emprego, esse rendimento começou a cair. Os números levam em consideração os empregados em empresas privadas sem carteira assinada e os trabalhadores por conta própria. O total de trabalhadores nessa situação aumentou de 35,7 milhões, no primeiro trimestre de 2012, para 38 milhões no mesmo período deste ano - a maioria deles com idades entre 26 e 50 anos. "A crise transformou formais em informais e colocou no mercado algumas pessoas que nunca tinham precisado trabalhar. Leia mais...