O goleiro do Napoli Pepe Reina e dois ex-jogadores do clube, Paolo Cannavaro e Salvatore Aronica, foram denunciados pela justiça desportiva da Itália por ligações com supostos integrantes da máfia Camorra, bastante atuante em Nápoles.
O caso é fruto de um inquérito da Direção Distrital Antimáfia (DDA), cujas informações foram repassadas ao procurador da Federação Italiana de Futebol (Figc), Giuseppe Pecoraro, que decidiu deferir os três.
Cannavaro atua como colaborador técnico do Guangzhou Evergrande, comandado pelo seu irmão, Fabio Cannavaro, enquanto Aronica estuda para se tornar treinador.
Segundo a denúncia da Figc, Reina, goleiro titular do Napoli, teria mantido "relações inoportunas de amizade, concretizadas em férias e disponibilidade de uso de carros de alta cilindrada de propriedade de Gabriele Esposito", empreendedor já condenado por associação camorrista.
Além disso, o arqueiro espanhol teria facilitado a entrada de Esposito em áreas reservadas do Estádio San Paolo, em Nápoles. Já Cannavaro, jogador do Napoli entre 2006 e 2014, teria tentado vender um relógio de US$ 400 mil, mas de procedência duvidosa, e teria conseguido ingressos para pessoas ligadas ao clã Lo Russo, também da Camorra.
Já Aronica, atleta azzurro entre 2008 e 2013, também teria mantido relações próximas com Gabriele Esposito e seus irmãos. A Procuradoria da Figc ainda denunciou três funcionários do Napoli: o gerente de equipe Giovanni Paolo De Matteis, o responsável pela bilheteria Luigi Cassano e o diretor comercial Alessandro Formisano.
Este último teria se comprometido a permitir que Giuseppe Esposito, irmão de Gabriele, usasse a marca Napoli, projeto que não foi adiante. O clube azzurro, o Sassuolo e o Palermo, para onde Cannavaro e Aronica se transferiram, respectivamente, também foram denunciados. (ANSA)