Fotos: Reprodução / Facebook
A jovem estudante de direito Clara Emanuelle Santo Vieira, de 20 anos, filha do prefeito de Muniz Ferreira, acusou o marido, o filho do prefeito de Salinas, de agredi-la há três anos, descrevendo um histórico de humilhação, violência física e psicológica. Clara relatou que na última sexta-feira (11), o marido chegou em casa acusando-a de ter outro e cortou os cabelos dela, “falando o tempo que ia me deixar careca porque homem nenhum mais iria me querer”, contou a jovem. Segundo a vítima, ela apanhava desde a gravidez, e quando ameaçava deixar o marido, ele a agredia ainda mais. Segundo informações do site Voz da Bahia, foi uma vizinha que ouviu a discussão e as agressões e resolveu ligar para a polícia. A vítima contou também que no decorrer do relacionamento, já apanhou e perdoou, mas não queria falar sobre o assunto porque sentia vergonha. “Não é a primeira vez que ele me bate, mas dessa vez minha vizinha, ouviu e ligou para a polícia e eu consegui fugir para a casa da vizinha e ele foi atrás da minha família, bateu em meu pai, arrombou as portas”, contou a jovem. “Ele sempre foi muito ciumento, inclusive na Semana Santa ele me deu uma surra, porque eu liguei a luz do quarto e ele me bateu muito”, disse.
O agressor conta que não sabia que o cabelo dela havia sido cortado e garante que também ficou machucado durante a briga. “Fiz o exame de corpo e delito e muita gente no meu lugar não daria as costas escutando o que eu escutei e deixando para traz depois do que aconteceu. Eu fui espancado por cinco homens, desmaiei e me amarraram. Isso envolve dinheiro e política e eu não esperava isso da Clara Emanuelle. Tudo isso aconteceu depois que eu descobri o ato de traição da parte dela”, contou ele. A delegada da 4ª Coorpin de Santo Antônio de Jesus, Dr. Patrícia Jaques conta que já foram decretadas medidas de proteção à vítima. “A justiça pode decretar prisão, mas hoje, a consequência maior será se o acusado ferir as medidas de proteção, vai ser preso em flagrante. A motivação da violência foi ciúmes por parte do agressor”, explicou a delegada. BN