por Felipe Resk | Estadão Conteúdo
O Tribunal do Júri condenou o PM Victor Cristilder a 119 anos, 4 meses e 4 dias de prisão em regime fechado por participar da maior chacina da história de São Paulo, que terminou com 17 mortos e 7 feridos em Osasco e Barueri, na Grande São Paulo, em agosto de 2015. A sentença foi lida às 19 horas desta sexta-feira (2). Cristilder foi acusado de 16 homicídios, entre tentados e consumados, com quatro qualificadoras: motivo torpe, recurso que impossibilitou defesa das vítimas, formação de quadrilha e grupo de extermínio. Também era réu por formação de grupo paramilitar. O julgamento durou quatro dias - os últimos dois com o réu sendo escoltado por PMs da Corregedoria. O pedido foi feito após a escolta anterior ter ajudado os advogados de defesa a encontrar uma prova que estava em sacolas plásticas. Ao todo, foram ouvidas 19 testemunhas, além de vídeos com depoimentos de testemunhas protegidas que não apareceram no Tribunal do Júri. Em setembro, o soldado da Rota Fabrício Emanuel Eleutério foi condenado pelo mesmo caso a mais de 255 anos de prisão em regime fechado. O cabo Thiago Heinklain, da Força Tática do 42° Batalhão, recebeu pena de mais de 247 anos, enquanto o GCM Sérgio Manhanhã foi sentenciado a mais de 100 anos.