"IVES GANDRA DA SILVA MARTIN
Professor Emérito das Universidades Mackenzie, UNIP, UNIFIEO, UNIFMU, do CIEE/O ESTADO DE SÃO PAULO, das Escolas de Comando e Estado-Maior do Exército - ECEME, Superior de Guerra - ESG e da Magistratura do Tribunal Regional Federal – 1ª Região; Professor Honorário das Universidades Austral (Argentina), San Martin de Porres (Peru) e Vasili Goldis (Romênia); Doutor Honoris Causa das Universidades de Craiova (Romênia) e da PUC-Paraná, e Catedrático da Universidade do Minho (Portugal); Presidente do Conselho Superior de Direito da FECOMERCIO - SP; Fundador e Presidente Honorário do Centro de Extensão Universitária - CEU/Instituto Internacional de Ciências Sociais - IICS.
A política leva muita gente à corrupção. O poder público também. Burocratas e políticos correm sérios riscos de resvalarem para a corrupção. Nela se inclui, também, a corrupção afetiva, o nepotismo, as concessões por vaidade humana, além do que é mais comum, a corrupção pura e simples por dinheiro.
O que entendo importante, todavia, realçar, no momento político que o país atravessa, é que, nas lições marxistas, os fins tudo justificam. Os meios mais variados são admitidos, não sendo a ética o elemento essencial para atingir os objetivos colimados. Tudo vale para eliminar os inimigos do povo, ou seja, todos aqueles que não pensam como os marxistas.
A política brasileira está repleta de integrantes de uma esquerda que segue a cartilha marxista. Acreditam - em admirável demonstração de profissão de fé - em tudo o que seu mestre escreveu e agem de acordo. Bradam pela ética quando estão na oposição, mas, no poder, não se pautam por ela. Não hesitam, na busca dos fins esculpidos por sua ideologia, em romper com todos os valores da democracia ocidental. Acham mais fácil invadir terras produtivas, estuprando a Constituição, o Código Civil e o Código Penal, do que conquistá-las, como todo cidadão brasileiro, dentro da lei. Por isto não têm coragem de fazer o “teste” das urnas. Para os que o fazem, o que mais importa é tomar o poder para realizar os ideais da esquerda marxista.
Nas democracias modernas, em que o pensamento político é multifacetado, o poder conquistado pelo voto popular acaba sendo exercido em coalisão com os partidos mais votados, com o que a representação popular torna-se autêntica. Já a esquerda marxista, quando, disfarçando sua anacrônica ideologia, consegue alcançar o poder pelas urnas, recusa-se a partilhá-lo. Se não houver maioria, compram-se os aliados! Mais do que isto Partido e Governo são a mesma coisa.
Por outro lado, como entendem que aquilo que consideram bom para o país é uma verdade absoluta, os líderes marxistas não se sentem obrigados a prestar contas. Não se consideram antiéticos ou aéticos, porque, na sua visão, como os meios são justificados pelos fins, corromper é apenas uma forma de manter o poder não dividido.