Integrantes da CPI dos Ônibus, na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, ignoraram os pedidos dos manifestantes por mais transparência e transferiram sua primeira sessão, ontem de manhã, do plenário para a sala do cerimonial. A reunião ocorreu a portas fechadas para a população, o que gerou revolta entre os manifestantes do lado de fora do prédio. Policiais militares, equipados com escudos, bloquearam todas as ruas que dão acesso à sede do Legislativo, na Cinelândia, no Centro da capital fluminense. Funcionários da Casa precisavam mostrar o crachá aos militares para poder passar das barreiras.
O vereador Jeferson Moura (PSOL) criticou o fechamento da rua. "Pelo que fui informado, o reforço policial foi solicitado pela Presidência da Casa. Desde os tempos da ditadura, não há registro do fechamento de uma área pública no entorno da Câmara. Há o impedimento de circulação até de pessoas que trabalham na região". O vereador também avaliou como preocupante o fato de a primeira reunião da CPI ser realizada a portas fechadas. "Terminar em pizza já vimos, mas começar será a primeira vez".