Alguns observadores consideram a atual conflagração no Iraque como a pior crise que já atingiu o país desde sua consolidação como Estado em 1921. Outros consideram o atual momento como o mais crítico desde a queda de Saddam Hussein em 2003 ou desde a retirada das tropas americanas em 2011.
Muitos estão convencidos de que o Iraque está à beira de uma guerra civil sectária que pode desintegrá-lo. Nesse contexto, um acordo de divisão seria a opção menos pior.
O Iraque encontra-se atado a tensões regionais agudas, com seus distintos componentes puxados em direções diferentes pelas mesmas forças envolvidas no conflito da vizinha Síria – que causa impacto direto em Bagdá.
De qualquer ângulo, a situação é ruim.
Mas isso não significa necessariamente que as previsões mais terríveis estão fadadas a se tornar realidade.
O país tem mostrado uma notável capacidade de tropeçar de crise em crise sem atingir uma solução estável nem se desintegrar de vez.
Mas um cenário de "pior das hipóteses" é agora visível e plausível.
Ele seria o da divisão do país por correntes étnicas, segundo as maiores comunidades: uma maioria xiita (60%), sunitas e curdos.