O PT não se deu por vencido na polêmica que envolve a cassação dos condenados no julgamento do mensalão. Na mais nova articulação para tentar salvar os mandatos dos deputados mensaleiros, a legenda passou a reivindicar a presidência do Conselho de Ética da Câmara.
Além de oferecer escudo aos sentenciados que lhe são caros, o PT mira um segundo objetivo, informa o repórter Evandro Éboli. Posiciona-se para influir na instrução de eventual pedido de cassação de Eduardo Azeredo (PSDB-MG), que espera na fila do STF pelo veredicto no caso do mensalão tucano de Minas.
Os movimentos do PT revelam uma rara disposição para continuar brigando com os fatos. Em decisão tomada pela maioria dos seus ministros –5 votos contra 4— o STF já informou: julgados todos os recursos e publicados os acórdãos, os condenados com mandato serão cassados automaticamente.
Após ziguezaguear por dois dias, o novo presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN), aprumou-se em cena: “Não há hipótese de não cumprir a decisão do Supremo. Nós só vamos fazer aquilo que nosso regimento determina que façamos: finalizar o processo. Coisas de formalidade legal e ponto. Não há nenhuma possibilidade de confrontarmos com o mérito, questionar a decisão do Supremo.”