Oito presos durante a Operação Voucher, da Polícia Federal, foram transferidos nesta terça-feira (08) para Superintendência da Polícia Federal no Amapá, em Macapá, onde ficarão à disposição da Justiça.
Ao menos 35 pessoas foram presas na ação da PF, que investiga um suposto esquema de desvio de verbas do Ministério do Turismo.
Um ônibus escoltado por agentes federais deixou a Superintendência da PF em Brasília por volta das 17h. Os suspeitos embarcaram em um avião no hangar da corporação, próximo ao Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek.
No total, a Justiça expediu 38 mandados de prisão --19 temporárias e 19 preventivas--, mas 33 foram detidos por enquanto. Em Brasília, dez pessoas foram presas preventivamente, enquanto sete estão detidos temporariamente e deverão ser soltos após prestarem depoimentos.
A operação da PF investiga desvios relacionados a convênios de capacitação profissional no Amapá. De acordo com a investigação --que deve ser finalizada entre duas semanas e um mês-- o convênio suspeito totaliza R$ 4,45 milhões do ministério, em convênio com o Ibrasi (Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Infraestrutura Sustentável).
Os policiais suspeitam que pelo menos dois terços deste valor foi desviado. O Ministério do Turismo fez o convênio com dinheiro originado de emenda parlamentar. Segundo a PF, contudo, não há indícios, "até o momento", de participação de deputados no esquema.
Entre os presos na operação estão o secretário-executivo da pasta, Frederico Costa, e o ex-secretário executivo da pasta, Mário Moysés.
Em nota, o ministro do Turismo, Pedro Novais, informou ter pedido à CGU (Controladoria Geral da União) a abertura de uma comissão de Procedimento Administrativo Disciplinar para apurar as suspeitas envolvendo a pasta.
Segundo nota divulgada pelo ministério, os servidores presos durante a Operação Voucher serão afastados de suas funções durante as investigações da comissão. Informações da Agencia Brasil.