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Bomba de gasolina em posto: a Petrobras não comentou a informação imediatamente
Rio de Janeiro - Com a queda contínua dos preços do barril de petróleo no mercado internacional, o HSBC vê chances de o governo brasileiro determinar que a Petrobras reduza preços dos combustíveis para que possa retornar com a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) sem que haja impactos nas bombas de gasolina e diesel e consequentemente na inflação.
Em nota a clientes, o banco destacou que o prêmio dos combustíveis no país em relação aos preços praticados no exterior está em 60 por cento para a gasolina e 49 por cento para o diesel. Isso depois de a Petrobras vender por anos combustíveis mais baratos do que os preços internacionais - os valores no exterior oscilam ao sabor da cotação da commodity, enquanto no Brasil são controlados.
O petróleo Brent caiu cerca de 55 por cento desde o pico do ano passado, registrado em junho, tendo atingido uma mínima de mais de cinco anos nesta terça-feira. O barril fechou em nova queda, um pouco acima de 50 dólares, diante de preocupações crescentes com um excesso de oferta global.
As cotações atuais dos combustíveis no Brasil, segundo o banco, ainda podem tornar possível a importação daqueles derivados de petróleo por distribuidores privados. "Além disso, acreditamos que isso começa a chamar a atenção do governo para a possibilidade de reduzir os preços de refinaria, para que a Cide possa ser elevada sem nenhum impacto sobre os preços na bomba, portanto, nenhum impacto nas taxas de inflação", afirmou o HSBC na nota aos clientes.