Declaração acontece uma semana após presidente dos EUA ordenar a retomada de testes com armas nucleares
Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump | Divulgação/White House
Camila Stucaluc - SBT

"Reformamos nosso programa nuclear — somos a maior potência nuclear, o que eu detesto admitir, porque é horrível. A Rússia é a segunda. A China está em um distante terceiro lugar, mas eles nos alcançarão dentro de quatro ou cinco anos", disse Trump. "Talvez estejamos trabalhando em um plano de desnuclearização, nós três. Veremos se isso funciona”, acrescentou.
Essa não é a primeira vez que Trump comenta sobre supostas conversas de desnuclearização. Em agosto, o republicano afirmou que a extinção das armas nucleares era um “grande objetivo”, dizendo que a Rússia, e talvez a China, estivessem dispostas a negociar. Moscou não chegou a comentar sobre a declaração, enquanto Pequim disse ser a favor do desarmamento, mas rejeitou participar das discussões.
"A China e os Estados Unidos não estão ao mesmo nível em termos de capacidades nucleares. Os países com o maior arsenal nuclear devem cumprir com seriedade a sua responsabilidade especial e primária de desarmamento nuclear", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Guo Jiakun, à época, reforçando que Pequim mantém o mínimo de armas nucleares para a segurança nacional.
Retomada de testes nucleares
Apesar de defender a desnuclearização, Trump anunciou, na última semana, que os Estados Unidos voltarão a realizar testes com armas nucleares, após mais de 30 anos de pausa. A ordem foi dada dias após a Rússia promover dois testes nucleares, sendo um com um míssil de cruzeiro movido a propulsão nuclear e outro com um drone subaquático Poseidon, que pode provocar tsunamis radioativos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário