Estudo da WWF-Brasil mostra que sete rios da terra Yanomami estão com níveis críticos de mercúrio
Por Fernanda Soares
Garimpo ilegal em Terra Indígena Yanomami
Foto: Divulgação/Governo Federal
A contaminação por mercúrio tem afetado profundamente a Terra Yanomami, com sete rios e três afluentes altamente poluídos pelo metal utilizado em garimpos ilegais. Segundo um estudo da WWF-Brasil divulgado recentemente, peixes desses rios apresentam níveis de mercúrio superiores aos limites seguros para o consumo humano, o que representa uma séria ameaça para a saúde das comunidades indígenas locais. Por Portal Norte
O levantamento da WWF-Brasil aponta que os rios Parima, Uraricaá, Amajari, Apiaú, Uraricoera, Mucajaí e Couto de Magalhães estão com níveis críticos de mercúrio. Além disso, os afluentes Auaris, Trairão e Ereu, todos na bacia do rio Uraricoera, também foram identificados com alto índice de contaminação.
Esses rios estão próximos a áreas de garimpo ilegal, onde o mercúrio é amplamente usado para separar o ouro de outros materiais. O rio Uraricoera, por exemplo, é uma das principais vias de entrada para garimpeiros na Terra Yanomami, e o rio Mucajaí destaca-se como um dos mais afetados.
Impactos do mercúrio
O uso do mercúrio pelos garimpeiros representa uma ameaça significativa para a saúde das populações locais. Esse metal tóxico, após ser descartado nos rios, evapora e se dispersa pelo ar, contaminando o ambiente. Com o tempo, o mercúrio entra na cadeia alimentar através da bioacumulação em peixes, uma das principais fontes de proteína para os indígenas Yanomami.
O estudo mostrou que os rios Uraricoera e Mucajaí têm altas concentrações de mercúrio em peixes, com níveis que ultrapassam o limite de segurança de 0,5 µg/g estabelecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Leia mais no portalnorte
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